Como se não bastasse a morte do gorila Idi Amin, meses atrás, pouco depois da chegada de duas gorilas jovens e a morte de uma delas, de nome Kifta, sem explicação plausível, o Zoológico de Belo Horizonte agora se prepara para receber outros dois gorilas – um macho e uma fêmea, que serão negociados com o Zoológico Loro Parque, da Espanha, e com os Zoológicos da Fundação Aspinall, da Inglaterra, que, irresponsavelmente, já enviaram a duas primeiras gorilas ao Zoo mineiro.
Até agora o Zoológico não explicou as mortes sucessívas de primatas, que não tinham doenças graves e adoeceram de repente. Como a maioria dos zoológicos, pouco se importam com a vida de seus animais; se interessam apenas com o entretenimento do público que os visita e colocam constantemente em risco a vida de seres que estão em vias de extinção.
Até quando a população de Belo Horizonte – que sustenta com seus impostos – este Zoológico, convertido em cemitério de gorilas, vai permitir que uma tragédia desta continue?
Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional