CIRCO SEM ANIMAIS
O dia 06 de maio passado é um dia importante na história dos chimpanzés no Brasil.
O último chimpanzé que trabalhava em circo foi entregue, desta vez voluntariamente, ao Santuário do Paraná. Yuri trabalhou anos no circo especialmente em um número chamado O GLOBO DA MORTE, onde andava em uma moto junto com outros motociclistas humanos.
A seqüência de fotos que aqui mostramos registra a entrega de Yuri no Santuário e sua apresentação à Anita (dona do Santuário), a quem ele abraçou e de quem recebeu carinhos.
Yuri está realmente surpreso. Ver tantos chimpanzés brincando e felizes a sua volta é uma imagem nova para ele.
Há dez anos começamos, no Projeto GAP, a resgatar chimpanzés de circos, zoológicos e proprietários individuais. Resgatamos de circos possivelmente 40 chimpanzés, alguns voluntariamente entregues por circos, que chegaram a conclusão que não era mais interessante continuar trabalhando com animais, e em outros pela força da lei.
Temos que fazer um reconhecimento público a todos aqueles que retificaram sua conduta, e pensaram no futuro do primata, entregando-os aos santuários. Também é importante salientar que, sem a ajuda do IBAMA, este trabalho de ir atrás de cada um teria sido impossível. O IBAMA, em muitas destas operações, foi de uma utilidade inestimável, cumprindo a real função para a qual foi criado, entre outras, de cuidar da Fauna em nosso país.
Yuri e Catarina (resgatada e transferida para o santuário de Sorocaba no final de abril) eram os dois últimos chimpanzés que trabalhavam em circo ativamente há muitos anos, conforme acompanhamento feito pelo GAP. Assim, a ida do Yuri para o santuário pode ser considerada um marco na luta para banir o uso de primatas em circos no Brasil.
Hoje todos que participaram desta obra única no mundo, já que dificilmente existe atualmente um país que pode ter o orgulho de não ter mais chimpanzés sendo explorados em circos, podem falar: MISSÃO CUMPRIDA!
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional