No Zoológico de San Francisco, um bebê gorila fêmea de 15 meses de idade, de nome Kabibe, morreu ao ser pressionada por uma porta hidráulica que era fechada para prender toda a família de gorilas nos dormitórios.
É uma prática comum, já denunciada por nós em inúmeras oportunidades. Todos os zoológicos no mundo costumam trancafiar, por 15-16 horas por dia, todos os seus primatas e grandes felinos nos dormitórios após o fechamento do parque.
Geralmente não os alimentam o dia todo, para forçá-los, através da fome, a entrar naqueles reduzidos cubículos, onde ficam condenados a passar mais de 2/3 do dia.
Na vida natural, todos os primatas se alimentam durante o dia e a noite descansam; nos zoológicos, sua biologia é alterada, já que não comem durante o dia, só à noite, como uma forma de incentivá-los a entrar no lugar fechado. Esse jogo de portas – aberturas e fechamentos -, que os primatas odeiam profundamente, pois limita sua liberdade de movimento, já tão reduzido por morar em pequenos espaços, se acrescenta com a luta entre tratadores e animais, para forçá-los a fazer coisas que eles não desejam.
O preço disso é a morte absurda de um bebê gorila fêmea, que poderia ter uma vida mil vezes melhor – fora de qualquer zoológico, que são totalmente anacrônicos e superados no mundo de hoje.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional