SANTUÁRIO SAVE THE CHIMPS
O nome Dana aparece em muitas culturas e pode referir-se a uma deusa, a uma juíza e a uma perola perfeita. Dana era todas estas coisas e mais. Sua personalidade e carisma simplesmente não podem ser captados em uma página.
52 anos atrás, ou talvez mais, Dana era um bebê nos braços de sua mãe, na floresta da Serra Leoa, no ocidente africano. Quando Jane Goodall dava seus primeiros passos nas selvas africanas e quando o chimpanzé Ham era enviado ao espaço como um astronauta-cobaia, Dana estava além destes acontecimentos. Um dia, acordou com um estrondo, sua mãe já não a segurava mais em seus fortes braços e mãos estranhas a colocavam numa pequena jaula, para iniciar uma viagem sem regresso.
Dana viajou milhares de quilômetros e chegou à Base da Força Aérea Norte-Americana de Holloman, no Estado do Novo México, no meio de um deserto arrasador. Mãos agora enluvadas lhe tatuaram um número em seu peito e sua perna, e lhe deram o nome de “Dana”, chimpanzé n° 625 da Força Aérea Norte-Americana.
Num mundo perfeito, Dana, talvez estaria viva e não teria memórias terríveis das torturas as quais foi submetida. Seria um ser feliz em seu habitat, rodeada por seus iguais, imune às violências humanas. Porém, Dana só conheceu a paz e algo de felicidade, quando foi resgatada pela Dra. Carole Noon e levada ao Santuário Save the Chimps, na Flórida. Seu corpo fragilizado não teve forças para sobreviver mais tempo, mas morreu rodeada dos seus amigos e irmãos, e amada por um grupo de humanos que redimiram em sua memória, aqueles outros que destruíram sua vida.
Descanse em Paz, Dana, uma chimpanzé que nunca será esquecida!
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional