Ofir Drori tem 30 anos, é originário de Israel , chegou a República dos Camarões, na África Ocidental, quatro anos atrás para escrever uma matéria sobre os animais ameaçados de extinção, e até agora não terminou sua matéria, porém muitos criminosos e traficantes estão presos, e muitos chimpanzés, gorilas e outros animais desfrutam de liberdade por sua ação.
Este trabalho perigoso o iniciou poucas horas depois de chegar a este país africano, quando resgatou um chimpanzé de caçadores, o alimentou, dormiu na jaula com o primata, e conseguiu fazê-lo sobreviver e devolvê-lo à Natureza.
Após essa experiência nunca mais parou de agir. Criou uma Ong, a LAGA (The Last Great Apes Organization) e começou a montar uma rede de espiões que o ajudou a detectar os traficantes, caçadores e suas rotas de operações. Todos os meses vários destes criminosos terminavam encarcerados e dezenas de primatas e outros animais liberados.
Segundo a LAGA 3000 gorilas, 400 chimpanzés e 4000 elefantes são assassinados por ano na República dos Camarões e países limítrofes para ser vendidos como carne de consumo. Pessoas vendem macacos na rua como alimento, e carne de caça, é ofertada através do país abertamente. LAGA considera que se não tomar medidas repressivas enérgicas e não se controle a caça, em 10 a 15 anos nenhuma destas espécies serão encontradas em vida livre.
Recentemente Drori e seus “homens de preto” ajudaram a desmantelar uma bem refinada rede de tráfico de marfin que desde África se estendia até Hong Kong. Drori antes de chegar à África escrevia artigos sobre os direitos humanos. Parou, e passou a defender o direito dos animais. Quando é questionado sobre esta mudança, explica com um exemplo de sua terra. “Em Israel nós tínhamos um Rio chamados dos Jacarés. Hoje não existem mais Jacarés naquele Rio.” E continua: “Nós levamos nossas crianças a este Rio e lhe explicamos que um tempo atrás aquele era chamado Rio dos Jacarés, porém todos foram exterminados. O mesmo acontecerá aos animais na África se ninguém lutar para defendê-los …” (fonte BBC e PASA).
Dr. Pedro A. Ynterian
Projeto GAP Internacional