No encerramento da Cúpula Mundial de Joanesburgo para o Desenvolvimento Sustentado, o Diretor Executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Klaus Toepfer, fez um chamado de alerta ao mundo sobre o perigo imediato de destruição da última reserva de vida na África e na Asia onde os remanescentes dos Grande Primatas ainda sobrevivem.
Na última avaliação do GRASP (Parceria do Projeto para Salvar os Grandes Primatas) da ONU, estimou-se que para o ano de 2030 apenas 10% do atual território onde os Grandes Primatas sobrevivem permanecerá intocado pelos humanos. Se a construção de estradas para exploração de minérios e outros recursos naturais continuarem na velocidade atual, e nada for feito para reduzi-la, o habitat natural dos Grandes Primatas estará praticamente inexistente nas próximas três décadas.
As mais importantes organizações de defesa da Biodiversidade e dos Grandes Primatas estão agora unidas em uma aliança sem precedentes para tentar salvar a última reserva de Grandes Primatas que existe no mundo. Os três mais conhecidos defensores desta causa, Jane Goodall, Russ Mittermeier da Conservation International e Toshisasa Nishida da Universidade de Kyoto, manifestaram apoio decidido a este esforço dramático pela sobrevivência de nossos parentes mais próximos no Reino Animal. A este esforço também juntaram-se Dian Fossey Gorilla Foundation of Europe, a World Conservation Society, o Institute of Tropical Forest Conservation e PASA (Pan African Sanctuaries Alliances).
A iniciativa do GRASP tem também o apoio da UNESCO, que está trabalhando com a Agência Européia Espacial para mapear os habitats dos primatas do Vale Albertina na região central da África.