Uma equipe de médicos oftalmologistas trouxe esperança e vida nova para dois habitantes do Santuário dos Grandes Primatas, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. O chimpanzé Hulk, que foi cegado pela seu antigo dono (leia mais aqui sobre este caso) e a fêmea de macaco-prego Íris (também conhecida como Fofinha) que perdeu a visão no Zoonit, em Niterói, Rio de Janeiro, receberam atendimento do Dr. Miguel Vaudano e sua equipe e recuperaram a visão.

Hulk já havia passado por uma cirurgia de catarata há mais de dois anos e recuperado a visão do olho esquerdo. O outro olho apresentava, na época, opacidade da córnea e por isso não pôde ser operado. No mês passado, o olho direito do chimpanzé apresentou uma infecção e o Dr. Miguel, que é coordenador adjunto do Projeto Great Apes Project (GAP) na América Latina, foi chamado para examiná-lo. A equipe que realizou a primeira cirurgia em Hulk também foi convocada para a bateria de exames. Foi constatado que era uma infecção antiga e a mesma foi tratada rapidamente. Em menos de 24 horas, o chimpanzé voltou para seu recinto, livre de dores e do inchaço.

O Professor Doutor Walton Nose, responsável pela primeira cirurgia que possibilitou que Hulk voltasse a enxergar, sugeriu que fosse realizado um transplante de córnea para a recuperação do olho direito. O proprietário do Santuário, Dr. Pedro Ynterian, aproveitou a sugestão do médico e prontificou-se e criar um banco de córneas para os chimpanzés que vivem nos santuários ligados ao GAP no Brasil.

Íris – Aproveitando a presença da equipe médica no Santuário, Dona Vânia Ynterian, esposa do Dr. Pedro, comentou sobre a pequena macaca que havia sido transferida do Zoonit com mais outros 33 indivíduos da mesma espécie e com o chimpanzé Jimmy (conheça aqui a história de Jimmy). Batizada de Fofinha pelo comportamento dócil, a fêmea de macaco-prego estava cega e foi colocada sozinha em um recinto, onde recebeu atenção especial de toda a equipe do local.

Dr. Walton então decidiu examiná-la e diagnosticou catarata em ambos os olhos, sendo que um estava em estado avançado de calcificação. Após uma hora de cirurgia, o esforço dos médicos e da equipe do santuário compensaram: a visão da macaquinha retornará. Dr. Walton prevê que em menos de um mês, Íris, como foi rebatizada por ele, voltará a enxergar normalmente.

Fonte: http://noticiaanimal.com.br/viewpost.php?idpost=467