No dia 31 de janeiro passado, fiscais da Alfândega do Aeroporto Jomo Kenyatta, em Nairobi, escutaram choros que vinham de algumas caixas de madeira. Quando abriram as caixas tinham seis bebês chimpanzés de menos de um ano de idade. A carga estava em rota para Nigéria, que é um centro de contrabando de primatas para muitos países, já que tem um regime extremamente corrupto. Junto com os chimpanzés tinham outros quatro macacos ?guenons? africanos. Um dos bebês morreu por falta de alimento e de estresse, os outros cinco sobreviveram.
Doug Cress, Secretário da PASA (Aliança de Santuários Pan-Africanos) está insistindo com o Governo do Kenya para que transfira os chimpanzés e os macacos para o Santuário de Chimpanzés Sweetwaters, perto de Nairobi, onde terão condições de ser recuperados.
Doug opina que este confisco acidental é sinalizador de que ainda existe um mercado intenso de primatas africanos e que as autoridades em todos os aeroportos do mundo, que recebem vôos da África, devem estar alertas para detectar este contrabando nefasto.
Esses seis bebês chimpanzés procedem seguramente de um grande grupo de adultos, que deve ter sido assassinado, a fim de que os filhotes pudessem ser capturados e também comercializar a carne dos adultos. Os bebês de um ano precisam ser amamentados a cada 4 horas para sobreviver, nas condições em que viajavam, a morte era o destino mais provável.