COMPROVADO!

Um estudo conjunto de pesquisadores da Universidade de Harward e da Universidade Duke, dos Estados Unidos, realizado em dois santuários do Congo afiliados à PASA – Aliança de Santuários Panafricanos, o Centro de Reabilitação de Tchimpounga e o Lola Ya Bonobo, conclui que a recuperação de chimpanzés em santuários é infinitamente maior que em zoológicos.

Comparando chimpanzés do Zoológico de Leipzig, na Alemanha, com chimpanzés de Tchimpounga, dos 14 indivíduos de Leipzig, 12 exibiam aberrações no comportamento, como comer fezes e fazer movimentos repetitivos, enquanto dos 25 chimpanzés do Santuário, apenas um exibia essas aberrações.

Segundo a Diretora Interina da PASA, Anne Warner, “a habilidade dos santuários não se restringe só em salvar primatas, mas também em restabelecer seus instintos sociais e de comportamento, o que é uma prova da dedicação dos santuários para este objetivo”.

Os pesquisadores Virginia Wobber, de Harvard, e Brian Hare, de Duke, que publicaram seus trabalhos no jornal científico Plos One, reconhecem que acharam poucas anormalidades psicológicas, de comportamento e cognitivas, apesar dos chimpanzés órfãos resgatados terem sofrido tempos estressantes quando eram bebês.

Eles também concluem que o segredo dos chimpanzés em santuários conseguirem se reabilitar – enquanto os de zoológicos continuam com as aberrações – é o ambiente em que eles vivem, com espaços amplos e a integração entre grupos existentes de primatas com nível de estresse baixo.

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional