O Millan Starostik chorou quando viu Caíque nas condições em que vivia naquele Circo, que exibia suas atrações em Curitiba, há mais de um ano. Não trabalhava mais, vivia em uma gaiola de um reboque escuro, sem sol, sem cobertor, o local cheio de excremento e restos de alimentos.
Caíque chegou em estado físico lamentável, porém seu espírito nunca foi quebrado, por aqueles que o submeteram àquela vida absurda. Caíque não sabe odiar os humanos, rapidamente viu que estava em mãos de pessoas diferentes, que cuidavam dele e o agradavam em todo momento. Millan não demorou a entrar no recinto dele e desenvolver uma relação de pai para filho, com aquele ser forte e grande, porém cheio de carinho para dar.
Nestas seqüências de fotos, vemos Caíque, depois com Anita e com Millan, com demonstrações evidentes de afeto. Que provas mais precisamos mostrar para o mundo da sensibilidade extraordinária destes seres, que abusados, torturados, humilhados, sabem ainda diferenciar e achar nos humanos, e ainda mais despertar neles, sentimentos de amor e fraternidade?