Um homem procedente de Lima, Peru, contrabandeou um sagüi dentro dos Estados Unidos, em um vôo da Spirit Airlines, que chegou ontem em Fort Lauderdale, na Flórida. Após várias horas de espera, continuou o vôo para o aeroporto de La Guardia, em Nova Iorque. Vários passageiros detectaram a presença do sagüi, quando ele saiu do boné do passageiro e ficou com ele na poltrona.
As autoridades no aeroporto foram alertadas e tomaram o passageiro e o sagüi sob custódia, para interrogatório. O sagüi, que segundo as autoridades parece saudável, será enviado ao CDC, em Atlanta, para teste de potenciais doenças. O sagüi é muito sensível a hepatite, e pode transmitir e pegar essa doença de humanos.
O interessante e absurdo desta notícia é que no Brasil ele poderia não ser confiscado, já que o Ibama permite a criação comercial de saguis. Esses animais, desde que “produzidos” por criadouros autorizados pelo Ibama, podem ser vendidos como pet ao público em geral, sem qualquer exigência específica do órgão ambiental. Isso é inaceitável, porque as pessoas não tem qualquer preparo para a manutenção destes animais, não tem conhecimento sobre as doenças que eles podem transmitir e, como qualquer outro animalzinho, correm o risco de serem abandonados quando se cansarem deles, ou quando seus donos tomarem a primeira mordida. Mas não é só, com essa autorização, o Ibama, órgão responsável pela PRESERVAÇÃO, institucionaliza o comércio particular de um bem da União, um verdadeiro contrasenso.