(Reprodução parcial de matéria publicada na Revista Seleções – Edição setembro 2006)
“Olhe no fundo dos olhos destes animais. Durante quatro anos, o fotógrafo James Mollison viajou por santuários e reservas naturais na África e na Ásia para produzir uma série de retratos de macacos gigantes. A maioria dos animais é órfã, mas cada um tem uma incrível história de vida para compartilhar.
Quanto Chim era muito jovem, seus pais foram mortos por caçadores camaroneses. Adquirida por humanos, ela dançava em troca de comida. Kitwiti sorri na fotografia em close mas, assim como Chim, é órfão – seu grupo familiar foi abatido por causa do comércio ilegal de “carne selvagem”. Como os macacos bebês não têm muita carne, são freqüentemente vendidos vivos por caçadores no mercado negro ao lado dos corpos retalhados de suas mães.
Chim e Kitwiti estão entre os 50 macacos gigantes – chimpanzés, gorilas, bonobos e orangotangos -, a maioria órfã, da coleção de fotografias de Mollison, James and other apes (James e outros macacos), um poderoso argumento contra o massacre em larga escala desses primatas nas florestas.
A maior autoridade mundial em chimpanzés, a ambientalista Jane Goodall, na apresentação do livro nos lembra que os chimpanzés e os seres humanos diferem apenas em 1% nos respectivos DNAs.
Ela afirma: “Se não fizermos nada para salvá-los, os macacos gigantes podem desaparecer da maioria das áreas em que vivem num prazo de dez a 15 anos.” Os macacos estão em extinção por um conjunto de fatores como o expansionismo humano, o desflorestamento, a destruição de seu habitat e a caça, esclarece ela.”
Fonte: James and Other Apes, de James Mollison, Londres.