Quatro perguntas sobre o projeto/ CUATRO PREGUNTAS SOBRE EL PROYECTO
postado em 04 set 2008

Quatro perguntas sobre o projeto que luta pelos direitos dos grandes primatas

(Reprodução de matéria publicada em 04.09.2008)

Mônica Pinto / AmbienteBrasil


O Great Ape Project (GAP) – Projeto dos Grandes Primatas – é um movimento internacional criado em 1994, cujo objetivo maior é lutar pela garantia dos direitos básicos à vida, liberdade e não-tortura dos grandes primatas não humanos – Chimpanzés, Gorilas, Orangotangos e Bonobos, os parentes mais próximos do homem no mundo animal. Para tanto, o projeto criou a Declaração Mundial dos Grandes Primatas, documento que oficializa os direitos creditados a estes animais.


Recentemente, uma decisão do Comitê Diretivo do Projeto GAP Internacional fez com que a entidade passasse a ter no Brasil sua sede central, sendo alçado à presidência um brasileiro – o empresário e microbiologista Pedro A. Ynterian, fundador, em 2000, do primeiro santuário para os animais em Sorocaba, interior de SP.


AmbienteBrasil fez a ele quatro perguntas.

AmbienteBrasil – Como surgiu o projeto GAP e quais são seus objetivos?


Pedro A. Ynterian – O Projeto GAP surgiu em 1994 por uma iniciativa de dois filósofos, Peter Singer e Paola Cavalieri. Nessa época, Singer, filósofo australiano e professor emérito na Universidade de Princeton, EUA, já tinha lançado o movimento “Animal Liberation”. O propósito do GAP Project, que nasceu nos Estados Unidos e se expandiu pelo mundo, era garantir os direitos básicos dos grandes primatas no planeta, o que significava liberá-los dos abusos, das torturas, dos cativeiros degradantes, da exibição ao público e proibir seu uso em entretenimentos e em experiências médicas.
 
AmbienteBrasil
 – Recentemente, o projeto GAP Internacional passou a ter sede no Brasil. Por que essa decisão?


Pedro – Dias atrás, o Comitê Diretivo mundial, do qual faço parte, decidiu eleger um novo presidente, após dois anos da presidência estar sediada nos Estados Unidos. Foi também decidido  mudar sua sede para o Brasil, já que o presidente seria um brasileiro, assim como o site mundial seria mudado também para o Brasil.


O Brasil deu um exemplo ao mundo nos últimos anos, ao converter-se em um centro muito ativo de defesa dos grandes primatas. Quatro santuários de resgate de primatas foram criados, afiliados ao GAP, e 74 chimpanzés resgatados das mãos daqueles que não os tratavam corretamente. O site do GAP brasileiro já se apresenta em três idiomas, português, espanhol e agora em inglês, que permite uma divulgação muito maior de sua luta.
 
AmbienteBrasil – Como está a situação dos grandes primatas no mundo?


Pedro – É critica. Naqueles países africanos e asiáticos que têm originalmente algumas das quatro espécies deles – orangotangos, bonobos, chimpanzés e gorilas, a quantidade de indivíduos vai diminuindo rapidamente. Talvez não existirão mais indivíduos em vida livre dos orangotangos e bonobos em menos de 20 anos. A destruição das florestas na Indonésia está acabando com o habitat dos orangotangos e a caça e a mineração, assim como o corte de árvores, estão devastando o sul da bacia do Congo, deixando exposta a última reserva onde os bonobos se refugiam.
 
Os gorilas da montanha, em quantidade menor que 1000, estão numa área de conflitos de guerras tribais e onde a exploração do coltan – um minério estratégico – está destruindo seu último refúgio. Os gorilas da planície, que ainda têm pouco mais de 50 mil nos países africanos, estão sendo caçados para consumo de sua carne, e as doenças, como o Ebola, estão dizimando populações inteiras dos mesmos. Os chimpanzés ainda um pouco mais numerosos também estão submetidos aos mesmos perigos da caça, tráfico para venda como pets e da destruição do seu habitat.
 
AmbienteBrasil – No Brasil, a entidade vem resgatando chimpanzés de cativeiros. Qual o maior desafio no país?


Pedro – O maior desafio no país, após ter resgatado quase todos os chimpanzés que tinham em circos, se volta para aqueles que são exibidos em zoológicos precários onde o estresse termina perturbando-os mentalmente. É necessário que os zoológicos e as instituições mantenedoras dos mesmos se conscientizem de que os grandes primatas não existem para serem exibidos, senão para serem respeitados e mantidos em um cativeiro decente e amplo, que lhes permita viver em sua comunidade, sem serem explorados comercialmente. Para nós, exibir grandes primatas é como exibir humanos primitivos, que não têm nenhum direito para rebelar-se ante essa violência e a invasão em sua privacidade.


Nosso principal desafio é que a sociedade brasileira se convença da necessidade de protegê-los, já que são nossos irmãos genéticos, de sangue e de ancestrais comuns.
 
(Na foto ao lado, Ditty com o filhote, Pedrinho, nascido no santuário de Sorocaba no início deste ano)


Fonte: : http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40453


ENTREVISTA OFERECIDA EN EL PORTAL DEL MEDIO AMBIENTE
04/09/2008


CUATRO PREGUNTAS SOBRE EL PROYECTO QUE LUCHA POR LOS DERECHOS DE LOS GRANDES PRIMATAS

Mônica Pinto/ Ambiente Brasil


El Great Ape Project (GAP) – Proyecto de los Grandes Primatas – es un movimiento internacional creado en 1994, cuyo objetivo mayor es luchar por la garantia de los derechos basicos a la vida, a la libertad y a la no-tortura de los grandes primatas no humanos ? Chimpancés, Gorilas, Orangutanes y Bonobos – los parientes mas proximos del hombre en el mundo animal. Para tanto, el proyecto creó la Declaración Mundial de los Grandes Primatas, documento que oficializa los derechos a ser dados a estos animales.


Recientemente, una decisión del Comité Directivo del Proyecto GAP Internacional convirtió al Brasil en su sede central, siendo llevado a la Presidencia un brasilero ? el empresario y microbiologo Pedro A. Ynterian, fundador en 2000, del primer Santuario para los primatas en Sorocaba, interior de S. Paulo.


Ambiente Brasil le formuló las seguientes cuatro preguntas:


Ambiente Brasil – Cómo surgió el Proyecto GAP y cuales son sus objetivos?


Pedro A. Ynterian – El Proyecto GAP surgió en 1994 por una iniciativa de dos filosofos, Peter Singer y Paola Cavalieri. En esa epoca, Singer, filosofo australiano y profesor emerito de la Universidad de Princeton, en U.S.A., ya había lanzado el movimiento “Animal Liberation”. El proposito del GAP Project, que nació en los Estados Unidos y se expandió por el mundo, era garantizar los derechos basicos de los grandes primatas en el planeta, lo que significaba libertarlos de los abusos, de las torturas, del cautiverio degradante, de la exhibición al publico, así como prohibir su uso en entretenimientos y en experiencias medicas.


Ambiente Brasil – Recientemente, el proyecto GAP Internacional pasó a tener su sede en el Brasil. Por qué esa decisión?


Pedro – Dias atrás, el Comité Directivo mundial, del cual hago parte, decidió elegir um nuevo presidente, después de dos años la presidencia estar sediada en los Estados Unidos. Fue también decidido mudar su sede para el Brasil, ya que el presidente sería un brasilero, así como el Site (Portal) Mundial también sería transferido para el Brasil.


El Brasil dió un ejemplo al mundo en los ultimos años, al convertirse en un centro muy activo de defensa de los grandes primatas. Cuatro santuarios de rescate de primatas fueron creados, afiliados al GAP, y 74 chimpancés rescatados de las manos de los que no los trataban correctamente. El Site (Portal) del GAP brasilero ya se presenta en 3 idiomas, portugues, español, y ahora en ingles, que permite una divulgación mucho mayor de su lucha.


Ambiente Brasil – Cómo está la situación de los grandes primatas en el mundo?


Pedro – Es critica. En aquellos paises africanos y asiaticos que tienen originalmente algunas de las 4 especies de ellos – orangutanes, bonobos, chimpancés y gorilas – la cantidad de individuos está disminuyendo rapidamente. Tal vez no existirán mas indivíduos em vida libre de orangutanes y bonobos en menos de 20 años. La destrucción de los bosques de la Indonesia está acabando con el habitat de los orangutanes, así como la caza y la mineración, y el corte de arboles, están desvastando los bosques al sur del Rio Congo, dejando expuesta la ultima reserva donde los bonobos se refugian.


Los gorilas de la montaña, en cantidad menor que 1000, están en un area de conflictos de guerras etnicas y donde la explotación del coltan – un mineral estrategico – está destruyendo su ultimo refugio. Los gorilas de la planicie, que todavia existem poco mas de 50 mil en los paises africanos, están siendo cazados para el consumo de su carne, y las enfermedades, como el Ebola, están diezmando poblaciones enteras de los mismos. Los chimpancés, todavia un poco mas numerosos, también están sometidos a los mismos peligros de caza, trafico para venta como mascotas y por la destrucción de su habitat.


Ambiente Brasil – En el Brasil, la entidad viene rescatando chimpancés cautivos. Cuál es el mayor desafio en el pais?


Pedro – El mayor desafio en el pais, después de haber rescatados casi todos los chimpancés que existían en circos, se dirige a aquellos que son exhibidos en zoologicos precarios donde el stress termina perturbandolos mentalmente. Es necesario que los zoologicos y las instituciones que mantienen a los mismos, se entiendan de que los grandes primatas no existen para ser exhibidos, sino para ser respetados y mantenidos en cautiveiros decentes y amplios, que les permitan vivir en su comunidad, sin ser explotados comercialmente. Para nosotros, exhibir grandes primatas es como exhibir seres humanos primitivos, que no tienen ningun derecho a rebelarse ante esa violencia y a la invasión en su privacidad.


Nuestro principal desafio es que la sociedad brasilera se convenza de la necesidad de protegerlos, ya que son nuestros hermanos geneticos, de sangre y de ancestrales comunes.


(En la foto aparece la chimpancé Ditty, con su hijo Pedrinho, nacido en el Santuario de Sorocaba en el inicio de este año).  
 
Fuente: : http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40453