Projeto GAP responde/ EL PROYECTO GAP RESPONDE/ GAP PROJECT ANSWERS
postado em 03 set 2008

Why they’re human rights?…Because they are people too!


Em recente artigo publicado no jornal “Washington Post”, o jornalista Russel Paul La Valle faz críticas à decisão do Parlamento Espanhol que aprovou e conferiu direitos humanos aos grandes primatas.

Como o próprio autor diz, “direito é um princípio moral que governa a liberdade da pessoa na sociedade, sendo este exclusivamente humano, pois é o único ser capaz de ter abstrações e entender sua função dentro de uma sociedade, ajustando seu comportamento para não violar os direitos de outros”. Mas será que é isso realmente? São esses os exemplos que vemos diariamente nos noticiários? É o ser humano o ápice da evolução, a ponto de ser totalmente racional, moral e correto em suas atitudes, negando inclusive seus instintos ancestrais?

Além disso, este jornalista argumenta que é incoerente conceder esses direitos aos grandes primatas que, segundo o próprio, são “criaturas irracionais e amorais”. Tal afirmação mostra sua desinformação perante o assunto, uma vez que está mais do que comprovado – inclusive pela área acadêmica e por inúmeros pesquisadores renomeados – que existem não apenas a moralidade e a racionalidade, como também o altruísmo e tantos outros adjetivos tidos como exclusividade humana também nesses primatas.

Afirmar que “a sobrevivência humana se dá pelo fato de que há integração do ambiente e aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo do tempo para usar e moldar o mundo ao seu redor para sua preservação e avanço” é até correto. Mas o que se omite nas entrelinhas é que esse “domínio antropocêntrico”, ditado muitas vezes por cifras, não condiz com a natureza racional da espécie humana. Se somos os mais evoluídos e dotados de tantas particularidades, por que não zelamos pelo bem-estar e preservação de outras espécies? Por que sub-julgar outras com abusos e mutilações em circos, por exemplo? Por que explorá-las comercialmente negando que são seres igualmente racionais que necessitam dos mesmos cuidados que nós? Onde está nosso lado racional quando destruímos o próprio ambiente em que vivemos? Afinal, se é de direito “respeitar para sermos respeitados”, não estamos cumprindo nossa obrigação.

Sendo assim, o que nos torna mais especiais do que os outros grandes primatas a ponto de não terem direito à vida, à liberdade e à não tortura?

Para responder esta questão, não é necessário um tipo de formação específica, nem mesmo se aprofundar no assunto, bastando apenas uma simples observação desses grandes primatas, mas não com olhar frio, e sim com nosso lado mais puro e sensível.
Mas ao contrário, vemos que a resposta do Sr. La Valle demonstra toda a frieza e prepotência do ser humano que caminha a passos largos para sua própria extinção, uma vez que parece esquecer que todas a espécies se inter-relacionam em um mesmo ambiente, tendo cada uma sua função. A carência de sensibilidade e a constante e crescente arrogância humana nos dias de hoje justifica todo caos que o mundo enfrenta.

Com toda tecnologia e avanços nas áreas afins, é inconcebível e inadmissível que ainda se tente argumentar atos de crueldade para fins científicos com qualquer animal. Mais ainda para com os grandes primatas que são sim nossos parentes mais próximos e com tal, merecem nosso respeito, nossa proteção e nossa consideração, pois em algum lugar de um passado não tão distante, com certeza freqüentamos o mesmo teto.
O que o Parlamento Espanhol fez – e muito sabiamente – é digno de louvor e deve servir de exemplos para tantas outras nações, pois está mais do que na hora de usarmos toda nossa “supremacia” para fazermos a diferença não apenas olhando para nosso próprio umbigo.

O artigo original de La Valle pode ser lido em http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/07/25/AR2008072502761.html


Msc. Luiz Fernando Leal Padulla
Biólogo
Santuário GAP/Sorocaba


EL PROYECTO GAP RESPONDE


WHY THEY’RE HUMAN RIGHTS?… BECAUSE THEY ARE PEOPLE TOO!?


En articulo reciente publicado en el diario “Washington Post”, el periodista Russel Paul La Valle hace criticas a la decisión del Parlamento Español que aprobó y confirió derechos humanos a los grandes primatas.


Como el propio autor dice “derecho es un principio moral que gobierna la libertad de la persona en la sociedad, siendo esto exclusivamente humano, pues es el unico en ser capaz de tener abstracciones y entender su función dentro de una sociedad, ajustando su comportamiento para no violar el derecho de los otros”. Mas será que es eso realmente? Son esos los ejemplos que vemos a diario de los noticieros? Es el ser humano el apice de la evolución, a punto de ser totalmente racional, moral y correcto en sus actitudes, negando inclusive sus instintos ancestrales?


Además de esto, este periodista argumenta que es incoherente conceder esos derechos a los grandes primatas que según él califica “son criaturas irracionales y amorales”. Tal afirmación demuestra su desinformación frente al asunto una vez que está mas que comprobado – inclusive por el area cientifica y por numerosos cientistas renombrados – que existen no solo la moralidad y la racionalidad, como también el altruismo y tantos otros adjetivos que son considerados de exclusividad humana, también en estos primatas.


Afirmar que “la sobrevivencia humana se da por el hecho de que hay integración del ambiente y aplicación de los conocimientos adquiridos a lo largo del tiempo para usar y modelar el mundo a su alrededor para su preservación y avance” es hasta correcto. Mas lo que se esconde en las entrelineas es que ese “dominio antropocentrico”, dictado muchas veces por cifras, no se relaciona con la naturaleza racional de la especie humana. Si somos los mas evolucionados y dotados de tantas particularidades, por qué no nos preocupamos con el bienestar y preservación de otras especies? Por qué subjugar otras con abusos y mutilaciones en circos, por ejemplo? Por qué explotarlas comercialmente negando que son seres igualmente racionales que necesitan del mismo cuidado que nosotros? Donde está nuestro lado racional cuando destruimos el propio ambiente en que vivimos? Al final de cuentas, si es de derecho “respetar para sernos respetados”, no estamos, sin duda, cumpliendo nuestra obligación.


Siendo así, qué es lo que nos convierte en mas especiales que los otros grandes primatas a punto de ellos no tener derecho a la vida, a la libertad y a la no tortura?


Para responder esta interrogante, no es necesario un tipo de formación especifica, ni tampoco profundizar en el asunto, solo basta una observación simple de los grandes primatas, pero no con la mirada fria, sino con nuestro lado mas puro y sensible.


Por el contrario, lo que vemos en la respuesta del Sr. La Valle es toda su frieza y prepotencia de ser humano que camina a pasos largos para su propia extinción, una vez que parece olvidar que todas las especies se inter-relacionan en un mismo ambiente, teniendo cada una su función. La carencia de sensibilidad y la constante y cresciente arrogancia humana en los dias de hoy justifican todo el caos que el mundo enfrenta.


Con toda la tecnologia y avances en las areas afines, es inconcebible e inaceptable que todavia se intente justificar actos de crueldad para fines cientificos con cualquier animal. Mas todavia para con los grandes primatas que sí son nuestros parientes mas proximos y como tal merecen nuestro respeto, nuestra protección y nuestra consideración, pues en algun lugar de un pasado no tan distante, con certeza frecuentamos el mismo techo.


Lo que el Parlamento Español hizo – y muy sabiamente – es digno de reconocimiento y debe servir de ejemplo para tantas otras naciones, pues está mas que na hora de usar toda nuestra “supremacía” para construir la diferencia y no solamente estar mirando para nuestro propio ombligo.


Msc Luiz Fernado Leal Padulla
Biologoco
Santuario del GAP/ Sorocaba Brasil

El articulo original de La Valle puede ser leido en http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/07/25/AR2008072502761.html


GAP PROJECT ANSWERS


Why they’re human rights?…Because they are people too!


In a recent article published at “Washington Post” newspaper, the journalist Russel Paul La Valle criticized the decision made by the Spanish Parliament that approves and grants human rights to great primates.


As the author himself says, “a “right” is a moral principle that governs one’s freedom of action in society. This concept is uniquely, and exclusively, human — man is the only being capable of grasping such an abstraction, understanding his actions within a principled framework and adjusting his behavior so as not to violate the rights of others.” But this really happens? Do we see example of this in the daily news? Is the human being the most advanced example of evolution, reaching a state of total rationality, morality and fairness in their attitudes, denying the ancestors instincts?


Apart from that, the journalist argues that it is not coherent to award great primates with these rights because, according to him, they are “irrational and amoral creatures.” This statement shows that he is not informed about the subject, as long as it has been continuously proved ? including by the academic specialists and by renowned researchers ? that there are not only morality and rationality, but also altruism and a lot of other feelings and abilities that used to be considered as homo sapiens exclusivity in the world of these primates.


The statement “man’s survival is achieved through reason, which allows him to integrate the facts of his surroundings and apply this knowledge to use and shape the natural world for his preservation and advancement” is correct. But what is hidden between the lines is the fact that this “anthropocentric domination”, led most of times by money, does not combine with the rational nature of the human species. If we are the most intelligent and own so many particularities, why don’t we put more effort to guarantee the welfare and preservation of other species? Why do we insist on dominate them, with abusement and mutilation in circus, for instance? Why exploit them with commercial purposes, denying that they are also rational beings that need the same care we need? Where is our rational side when we destroy the environment that we depend on- to live? To sum it up, if “to respect to be respected” is a right, we are not fulfilling our obligations.


Considering that, what makes us more special than the other great primates that would justify the statement that they do not have the right to life, to freedom and to non-torture?


To answer this question it is not necessary to have a specific academic background, not even to study the subject in depth. It is only necessary a simple observation of these great primates, not with a cold and distant look, but with a pure and sensible perspective.


But, on the contrary, we see that Mr. La Valle’s answer demonstrates lack of emotion and prepotency typical of the human being that is leading himself to extinction, as long as it seems that he has forgotten that all species relate with each other on the same environment, each one with a singular function. The lack of sensibility and the constant and growing humane arrogance that we face nowadays justify all the chaos that the world is coming up against.



With high-technology and other breakthroughs in a lot of areas, it can not be accepted that one still insists on arguing and defending cruelty acts with any animal on behalf of science. And the situation is even more delicate when we talk about the great primates. They really are our closest relatives and for that they deserve our respect, our protection and our consideration, because sometime back there we must have “lived beyond the same ceiling”.


The decision by the Spanish Parliament ? very intelligent ? must be praised and should be seen as an example for other countries, because it is time to use all our “supremacy” to make the difference, not only to enrich selfishness.



Msc. Luiz Fernando Leal Padulla
Biologist
GAP Sanctuary/Sorocaba