ZOOLÓGICO DE PORTO RICO
Nosso representante em Porto Rico, Ignácio Alejandro, não tem palavras para expressar a sua frustração quando visita o Zoológico de Mayaguez. Uma ilha extraordinária, mas que para os chimpanzés é um inferno. Dos quatro chimpanzés que lá moravam, só restam dois: Magnum, o macho, e Mara, a fêmea. Ambos devem estar próximos dos 30 anos de idade e vivem há muitos anos num recinto que é de chorar.
Ficam das 8h30 até às 15h expostos ao público. Não têm brinquedos, enriquecimento, nada. Muitas vezes ficam de costas para o público, para ignorar o mundo externo. Durante essas horas não têm acesso nem a água nem a comida.
Às 15h são trancados numa gaiola. Aí começam a gritar durante alguns segundos e depois o silêncio é aterrorizador. Eles sabem que a noite será longa e crua, num calor muitas vezes que ultrapassa os 30 °C.
O que eles fizeram para merecer este castigo? O mesmo acontece em centenas de zoológicos mundialmente. O representante do GAP vai tentar que o zoológico melhore as condições de habitação daquele recinto, o que é pouco, mas que talvez para aqueles seres infelizes será muito mais do que jamais imaginaram receber.
Agora pelo menos alguém estará vigilante, acompanhando as vidas de Magnum e Mara, e impedindo que eles sejam mais maltratados do que já têm sido.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional