Por Serge K. Soiret, correspondente do GAP na África Ocidental (Costa do Marfim)
Um santuário na Costa do Marfim é uma necessidade. Muitos chimpanzés em cativeiro existem no país e o zoológico de Abidjan é o único estabelecimento que pode acomodar estes animais. No entanto, a capacidade do seu recinto é muito pequena e o zoológico tem problemas para fornecimento de alimentação. Como não há expectativas de devolver estes chimpanzés para a natureza, um ambiente de moradia permanente é necessário.
Em julho, a empresa SIFCA levou quarto chimpanzés para o zoológico de Abidjan. Isso fez com o que o número total de chimpanzés chegasse a 13, incluindo a pequena Fanta. Esta empresa é uma das mais importantes na área de processamento de produtos agrícolas da Costa do Marfim (borracha, açúcar e sementes de óleo). Algumas áreas onde a empresa trabalha têm casos de chimpanzés em cativeiro (usados como animais domésticos).
Nas vilas do entorno do Parque Tai, é comum bebês chimpanzé serem colocados à venda (como a recente aquisição da pequena Fanta por um grupo de estudantes). Isso faz com que os moradores achem uma forma de ganhar dinheiro e isso leva ao problema do tráfico, porque os adultos selvagens são mortos para que os homens peguem seus bebês.
De acordo com informações apuradas, hoje a SIFCA estaria pronta para alocar 100 hectares de florestas localizadas no leste da Costa do Marfim para a construção de um possível refúgio para os chimpanzés usados como animais domésticos e cujos donos não podem mais tomar conta.
Medidas adequadas das autoridades responsáveis pelo meio ambiente e pelas florestas na Costa do Marfim, assim como a movimentação de ONGs nacionais e internacionais, poderiam levar a criação de um santuário para acomodar esses grandes primatas que existem no país.