Por que ter um santuário para chimpanzés na Costa do Marfim?
postado em 28 set 2009

Por Serge K. Soiret, correspondente do GAP na África Ocidental (Costa do Marfim)

Um santuário na Costa do Marfim é uma necessidade. Muitos chimpanzés em cativeiro existem no país e o zoológico de Abidjan é o único estabelecimento que pode acomodar estes animais. No entanto, a capacidade do seu recinto é muito pequena e o zoológico tem problemas para fornecimento de alimentação. Como não há expectativas de devolver estes chimpanzés para a natureza, um ambiente de moradia permanente é necessário.

Em julho, a empresa SIFCA levou quarto chimpanzés para o zoológico de Abidjan. Isso fez com o que o número total de chimpanzés chegasse a 13, incluindo a pequena Fanta. Esta empresa é uma das mais importantes na área de processamento de produtos agrícolas da Costa do Marfim (borracha, açúcar e sementes de óleo). Algumas áreas onde a empresa trabalha têm casos de chimpanzés em cativeiro (usados como animais domésticos).

Nas vilas do entorno do Parque Tai, é comum bebês chimpanzé serem colocados à venda (como a recente aquisição da pequena Fanta por um grupo de estudantes). Isso faz com que os moradores achem uma forma de ganhar dinheiro e isso leva ao problema do tráfico, porque os adultos selvagens são mortos para que os homens peguem seus bebês.

De acordo com informações apuradas, hoje a SIFCA estaria pronta para alocar 100 hectares de florestas localizadas no leste da Costa do Marfim para a construção de um possível refúgio para os chimpanzés usados como animais domésticos e cujos donos não podem mais tomar conta.

Medidas adequadas das autoridades responsáveis pelo meio ambiente e pelas florestas na Costa do Marfim, assim como a movimentação de ONGs nacionais e internacionais, poderiam levar a criação de um santuário para acomodar esses grandes primatas que existem no país.