Parques aquáticos e zoológicos são questionados
postado em 04 maio 2010

NO CONGRESSO NORTE-AMERICANO

Um debate começa a ser travado no congresso norte-americano sobre um tema até agora ignorado: qual é a utilidade dos zoológicos e parques aquáticos para a população norte-americana? Esses estabelecimentos têm algum componente educativo – como essas instituições divulgam – ou são meros centros de diversão e exploração de animais?

A morte da treinadora de orcas e golfinhos Dawn Brancheau, no Parque SeaWorld, Flórida, no dia 24 de fevereiro passado, detonou este debate e o responsável pelo Parque teve que comparecer dias atrás na Câmara de Representantes Norte-Americana para explicar o acidente e o trabalho que o Parque realiza.

O lobby dos parques e zoológicos, através do representante democrata Alan Frayson, Democrata da Flórida, começou a agir, alegando que os seis parques aquáticos da Flórida dão emprego a 10.000 pessoas e que o seu fechamento teria um grande impacto econômico.

Segundo um levantamento do jornal USA Today, na última década três pessoas foram mortas e 16 feridas por ataques destes animais marinhos nos parques norte-americanos. Das 23 orcas em cativeiro, três delas, incluindo Tilikum, que matou a treinadora recentemente, estão envolvidas em múltiplos acidentes com tratadores e o público.

Segundo os congressistas norte-americanos, a existência dos zoológicos e parques aquáticos, como divertimento e com acesso ao público, só se justifica se estes oferecerem um complemento educacional claro e substancial para a juventude. De outra forma, seria um lugar a mais para torturar e gerar perturbações em diversos animais, como acontece na maioria dessas instituições atualmente.

Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional