Foto: Booie, chimpanzé que morreu prematuramente aos 44 anos, num refúgio na Califórnia. Durante anos ele foi torturado num laboratório de pesquisa médica e aparecia na imprensa como “ex-fumante”.

A ACADEMIA DOS ESTADOS UNIDOS DECLARA:

Durante nove longos meses, o Instituto de Medicina (IOM) da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos debateu e estudou, por pedido especial do Instituto de Saúde Norte-americano (NIH), a utilidade dos chimpanzés na pesquisa biomédica.

Depois de anos torturando chimpanzés em mais de uma dezena de centros de experimentação biomédica, financiados com verbas federais, produto dos impostos do contribuinte daquele país, chegou-se a conclusão de que a sociedade já não acreditava mais na argumentação que o NIH colocava para justificar a existência das pesquisas invasivas contra centenas de inocentes primatas. Pensando, talvez, que a Academia de Ciências não chegaria a nenhuma conclusão, fez o pedido e, para surpresa de poucos, este organismo falou: “Os chimpanzés não são mais necessários na pesquisa médica … assim como colocou em tela de juízo a ética e moralidade do seu uso”.

A Dra. Theodora Capaldo, Presidente do NEAVS e fundadora do Projeto R&R, que luta pela libertação dos chimpanzés dos laboratórios de experiências médicas, comemorou a conclusão da Academia de Ciências: “Este informe de referência é o primeiro passo para terminar a pesquisa com chimpanzés em laboratórios norte-americanos. A ciência levou ao Instituto de Medicina da Academia de Ciências a conclusão de que – eles não são necessários – uma conclusão promissória para os chimpanzés e para uma ciência melhor para os humanos”.

Jarrod Bailey, PhD, responsável cientifico do NEAVS e do Projeto R&R acrescentou: “As conclusões do Instituto de Medicina mostram um entendimento das provas científicas fornecidas científicos e dos fatos relatados. Apesar de que o Instituto não chegou a proibir totalmente o uso dos primatas, se percebe que a presente trajetória da pesquisa cientifica indica uma necessidade decrescente do uso de chimpanzés. As falhas do uso dos mesmos no passado já predizem seu pouco uso futuro. Este é um passo importante e real do começo de uma era sem o uso de chimpanzés na pesquisa médica invasiva”.

Na decisão do Instituto de Medicina em sua recomendação para a Academia de Ciências Norte-americana, a única exceção foi uma votação empatada de 5 a 5, considerando a temporária possibilidade do uso dos primatas ainda no caso da vacina contra a Hepatitis C.

Pairando no túmulo de dezenas de chimpanzés sacrificados inutilmente durante várias décadas de pesquisa biomédica invasiva, aparece uma luz de esperança: o único país na face da Terra que tortura chimpanzés chegou a conclusão da inutilidade deste massacre. O fim da tortura está próximo!

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional