No dia 28 de novembro passado, cinco chimpanzés que estavam na cidade de Luanda, em condições precárias de saúde, e que o Governo angolano no início do ano tinha solicitado o envio ao Santuário de Grandes Primatas do GAP no Brasil, terminaram indo para um Santuário de Jane Goodall, na África do Sul. A Direção do IBAMA nunca respondeu ao pedido oficial do Diretor do IDF – Instituto de Desenvolvimento Florestal de Angola (equivalente ao IBAMA brasileiro), Tomás Pedro Caetano, que fez um ano que esteve no Brasil, a nosso convite, para conhecer o nosso trabalho e solicitar ajuda ao IBAMA para enfrentar os grandes desafios de reconstruir o meio ambiente e a fauna desse país, após 30 anos de uma guerra contra os poderes coloniais.
O Governo e o povo angolano, que consideram o Brasil como um país irmão, e que foi o primeiro país no mundo a reconhecê-lo após sua independência, quando se liberou do colonialismo português, preferia enviar os chimpanzés e bonobos para o Brasil, já que temos a mesma língua, os mesmos ancestrais e uma história em comum.
Inexplicavelmente o IBAMA nunca respondeu a solicitação do Governo angolano, e aconselhamos aos irmãos angolanos, após esgotar todos os nossos esforços políticos, enviar os primatas para África do Sul, após a morte de dois chimpanzés, que viviam em condições precárias terríveis na cidade de Luanda.