Em um relatório de uma equipe canadense de ambientalistas e fotógrafos que produziram uma matéria para a TV, que será veiculada em breve pela cadeia canadense CBC, constatou que a população de Bonobos na área da República Democrática do Congo (ex-Zayre), caiu dramaticamente nos últimos 5 anos.
Em 1994 Jef Dupain, um primatologista e conservacionista belga, fundou um centro de pesquisas para estudar os Bonobos no Congo, com apoio do Zoológico de Antuérpia. Naquela época estimava-se em 100.000 a população de Bonobos naquele país.
Os Bonobos são a espécie de Chimpanzés mais parecida com os humanos especialmente no comportamento. Em 1998 Dupain teve que abandonar o Congo quando a Guerra Civil se aproximou perigosamente na área onde estava localizado. Em todos estes anos ele não conseguiu mais retornar e somente agora, acompanhado do conservacionista Dr. Kerry Bowman, da Universidade de Toronto e fundador da Aliança dos Grandes Primatas Canadense, e o fotógrafo e conservacionista, Karl Ammann retomou a sua pesquisa.
Em 1990 seguindo as recomendações do World Wildlife Fund Internacional tinha sido aprovada uma reserva de 3.800 quilômetros quadrados na Reserva Florestal de Lomako, porém as instabilidades políticas nunca permitiram concretizar o projeto. Hoje essa área, visitada pelo grupo canadense, padece do que se chama “Síndrome da Floresta Vazia”, onde não se percebe a presença de vida animal quase nenhuma, em comparação com a exuberância do passado. Estima-se que 50% da reserva está submetida a caça sem controle de todas as espécies ali refugiadas.
Várias recomendações da equipe visitante foram encaminhadas às autoridades africanas, assim como ao Banco Mundial que financia diversos projetos na região, para serem aprovados, de forma que sejam condicionados a um respeito maior pela reserva.