ONU adverte: orangotangos perto da desaparição
postado em 17 ago 2015

O GRASP – Great Apes Survival Partnership – é um programa da ONU respaldado por mais de 100 países, Ongs, institutos de pesquisas, agências da ONU e empresas privadas, que lutam para salvar as espécies de grandes primatas que ainda existem em vida livre no Planeta.

Além dos Gorilas da Montanha e do Rio Cross, os Bonobos e os orangotangos que vivem na Ilha de Borneo, em especial, estão na iminência de desaparecer nas próximas décadas.

A destruição do habitat, que são os bosques tropicais, derrubados para abrir campo para a cultura de palmas azeiteiras, está rapidamente reduzindo o habitat destes primatas nesta Ilha.

Os orangotangos são seres solitários, que se reproduzem devagar e precisam das árvores que são a sua real moradia.

Neste informe do GRASP, de mais de 50 páginas, publicado dias atrás durante uma de suas reuniões regionais na Ásia, destaca-se que 75% dos bosques tropicais de Borneo não existirão mais até 2030 e os 55.000 orangotangos que ainda existem em vida livre podem desaparecer antes do fim do século. Acesse o documento aqui (em inglês).

O informe faz uma série de recomendações urgentes a serem implementadas para impedir que esta tragédia anunciada se converta em realidade.

O ritmo alucinante da destruição dos bosques tropicais para converter as terras em agriculturáveis, especialmente para a exploração de palma azeiteira, usada em cosméticos e produtos farmacêuticos, destruiu 56% dos bosques de Borneo em um período de 16 anos, de 1985 a 2001. Se isso continuar, muito antes que estas previsões se cumpram, a desaparição de nossos irmãos primatas será uma triste realidade.

Os governos do Sudeste Asiático, responsáveis pela permissão para que esta destruição se materialize, devem ser condenados pela Comunidade Mundial e sancionados, se não tomarem as providências urgentes, como os maiores destruidores do nosso Planeta.

Dr. Pedro A. Ynterian

Presidente, Projeto GAP Internacional