CAI O MITO DA SUPERIORIDADE NO CÉREBRO MAIOR
Durante muitos anos cientistas, antropólogos e pesquisadores têm acreditado que a diferença entre os grandes primatas e os humanos está no tamanho do cérebro. Este princípio acabou agora de ruir como muitos outros produtos do preconceito dos humanos.
Em uma matéria do jornal O Estado de São Paulo, pág. A-18 de 17/02/2007, da jornalista Giovana Girardi, coloca em tela de juízo o princípio que o tamanho do cérebro tem relação com um grau de cognição. O trabalho da equipe da neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que “existem regras diferentes na composição celular das mais variadas ordens de mamíferos”. O grupo de pesquisadores brasileiros trabalhando com seus pares da Universidade de Vanderbilt, nos E.U.A., determinou que o que importa é a quantidade de neurônios em cada tipo de cérebro, a densidade neuronal é a melhor medida da capacidade cognitiva de cada espécie.
De acordo com a nova regra matemática obtida pelos pesquisadores, um cérebro de primata contendo 100 bilhões de neurônios deveria pesar aproximadamente 1,45 kg e pertencer a um corpo de 72,7 kg, ou sejam valores que batem exatamente com a média de massa corporal e cerebral humana. A equipe de pesquisadores de ambas nações então conclui “No final das contas, somos apenas uma versão isometricamente escalonada do plano primata comum”. A professora Suzana o resume em uma frase “O Homo sapiens é apenas um macaco grande”.