TRATAMENTO MÉDICO DE CHIMPANZÉS
Primrose, chimpanzé fêmea de 42 anos que mora no Whipsnade Wild Animal Park, na Inglaterra, em 2003 entrou em crise com problemas respiratórios e com um pulmão comprometido. O veterinário do zoológico investigando o problema respiratório detectou um problema no coração e medicou. Como era procedente uma investigação mais profunda o veterinário Jonathan Cracknell convidou um médico humano, especialista em doenças cardiovasculares, Dr. Adrian Bosworth, para que o ajudasse na avaliação clínica do paciente.
Primrose deveria ser removida da clínica do zôo para um Hospital na cidade de Whipsnade. A enfermeira veterinária Emma Maddocks injetou o anestésico para sedá-la, antes de trasladá-la, o fez com seringa que é menos traumático que o dardo. Quando chegou no hospital foi colocada em anestesia respiratória, com máscara de oxigênio, o que dá para fazer um monitoramento melhor de uma paciente, que tem o coração debilitado. O veterinário a examinou com raio X e com ultra-som. O Dr. Adrian achou um buraco no coração que poderia ser de nascença, fato que acontece também em humanos, um em cada dez nascimentos. O Dr. Adrian também achou que o lado esquerdo do coração estava trabalhando com deficiência, especialmente as válvulas cardíacas. O médico chegou a conclusão que o caso de Primrose é muito parecido a casos similares em humanos, e o tratamento deveria ser o mesmo.
Primrose está melhorando devagar e o tratamento continua sendo administrado pela equipe veterinária do zoológico, supervisionado pelo médico humano.
Nós temos insistido que deve existir uma sinergia entre médicos veterinários e humanos no tratamento de grandes primatas, especialmente em doenças específicas. A política nos Santuários do GAP é procurar a assistência de especialistas em medicina humana para assessorar no trabalho veterinário, já que a fisiologia e anatomia dos chimpanzés é praticamente igual a de um ser humano.
Dr. Pedro A. Ynterian
Projeto GAP Internacional
Notícias do GAP 08.11.2007