TRABALHO CIENTÍFICO QUESTIONA
Um trabalho científico publicado este mês na Revista da Associação de Primatologia da Espanha, realizado por dois biólogos brasileiros, critica as normas brasileiras para manter grandes primatas confinados em zoológicos, comparando-os com normas norte-americanas, européias e com o Santuário do GAP em Sorocaba.
O trabalho foi realizado pela bióloga especializada em etologia e professora da Universidade de Passo Fundo (RS), Dra. Thais Leiroz Codenotti e pelo biólogo que trabalha no Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, MSc. Luiz Fernando Leal Padulla.
Foram comparados chimpanzés morando sozinhos no Santuário e o chimpanzé Alemão, que morou 15 anos isolado no zoológico de Americana, e que praticamente foi levado a óbito por esta vida absurda e pelo tratamento que lhe foi dispensado quando terminou adoecendo, poucos meses atrás.
No trabalho publicado também foram comparadas as normas da associação de zoológicos norte-americanos, europeus e a norma brasileira editada pelo IBAMA, totalmente obsoleta. Enquanto os zoológicos norte-americanos devem ter o mínimo de 696 metros quadrados para um grupo de 5 chimpanzés, os europeus, um total de 600 metros quadrados, no Brasil a norma é de 90 metros quadrados, totalmente ridículo.
Se consideramos que no Santuário em Sorocaba cada chimpanzé tem acesso ao mínimo de 1000 metros quadrados, sem visitação pública, podemos entender porque todos os chimpanzés em zoológicos brasileiros estão doentes pela falta de espaço vital e pelo assédio do público (a norma brasileira é de 1,5 metros de distância mínima entre o público e os primatas).
Para aqueles que desejam comprovar a precariedade do tratamento que é dado aos grandes primatas nos zoológicos brasileiros, veja o trabalho aqui
Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional