Jornal de Beltrão
28/12/2006 – 19h42
Francisco Beltrão, PR

Geral – Macaco prego

Sisfauna pede abertura de inquérito policial.

O Sisfauna (Sistema de Proteção à Fauna Nativa), órgão do Governo do Estado, deve encaminhar, ainda nesta sexta-feira, o pedido de abertura de inquérito policial para apurar o autor do disparo contra o macaco prego que acabou morrendo, no fim de semana, mesmo depois de ter sido atendido pelo médido veterinário José Carlos Zanella, que fez uma cirurgia mas não conseguiu evitar a morte do animal.
A dedução é que se tratava de um animal que pertenceu ao Circo Globo que esteve na cidade. O animal foi visto numa rua Otaviano Teixeira dos Santos, onde brincou com crianças, até ser abatido por um tiro na barriga. O socorro teria ocorrido somente duas horas após.
Segundo o secretário da Câmara Técnica do Sisfauna de Maringá, Felipe Azzolini, será solicitada a apuração do autor e seu enquadramento na legislação.
A Lei 9.605, de 1998, prevê, em caso de maus tratos ou agressões, seja de animais silvestres ou domésticos, multa e prisão de três meses a um ano. Se ocorrer a morte do animal (é o caso), a pena pode ser aumentada em um sexto ou até um terço.
E se for animal da lista vermelha, daqueles ameaçados de extinção (não é o caso do macaco prego), multa e pena podem ser aumentadas ainda mais.
O laudo do médico veterinário José Carlos Zanella devia ficar pronto no final da tarde de ontem e assim que tivesse em mãos, Felipe Azzolini iria encaminhar à delegacia de polícia.

Duas mulheres agredidas

Ontem, dona Iracema Ravanelli ligou para o Jornal de Beltrão informando que ela e sua vizinha Justina Maria Betiato foram agredidas pelo macaco prego.
Segundo o relato de dona Iracema, ocorreu na sexta-feira, o dia anterior ao macaco ter sido baleado. “Foi lá pelas dez da manhã, o macaco estava por ali, ia pra lá e prá cá, e nós só observando. Naquilo, ele deve ter se assustado de alguma coisa, porque não parecia agressivo, mas ele me pulou. Me mordeu na perna, no braço e no dedo (anular, “o mais comprido”) da mão.”
Dona Iracema afirma que a lesão no dedo foi tão grande que rompeu o tendão, ela está tomando medicamento e já agendou uma cirurgia, para a próxima quarta-feira, na Policlínica. Disse que a vizinha, dona Justina, “teve um corte bem grande na perna”.
Disse que, ao se sentirem agredidas, ligaram para o Corpo de Bombeiros que respondeu não poder fazer nada, apenas lhes orientou para não alimentar o animal.
Sobre a origem do macaco, ela diz que não chegaram a uma conclusão. Pode ser do circo, porque era domesticado. “Tem desses macacos no mato dos Pécoits, mas não andam sozinho como este, andam em bando.”

http://www.jornaldebeltrao.com.br/noticias/noticias.asp?id=21364&idsessao=1

Notícias do GAP 02012007