Na terça-feira passada, 26 de junho, um macho alfa de um grupo de chimpanzés do Zoológico de Los Angeles, matou um bebê chimpanzé de três meses de idade, diante do público visitante
Como sempre o Zoológico culpa a quem não deve por este acidente. Menciona a agressividade dos chimpanzés machos, com bebês que não são deles, etc., etc. Na realidade toda a culpa reside no próprio Zoológico e nos chamados “espertos em primatas” desta Instituição que nada entendem sobre eles.
Primeiramente, todos os chimpanzés em zoológicos, em maior ou menor grau, são mentalmente perturbados, pelo assédio do público e as condições de restrições em que vivem. Então, não sendo um ser normal, não podemos esperar que possam reagir com normalidade em nenhuma situação.
Num grupo grande, o ideal seria isolar a mãe com o bebê por muitos meses, ou talvez anos, e fazer a introdução com outros individualmente e não em grupo.
O Zoo possivelmente queria mostrar o bebê no grupo, a fim de agradar ao público humano, já que seria uma “grande atração” e colocou em risco a vida do bebê.
O absurdo foi a declaração do Zoológico, desculpando-se ante o público por tê-lo exposto a uma cena chocante como essa, demonstrando que pouco lhes importa os primatas, que são meros objetos para eles e o que importa são os visitantes humanos.
Este lamentável acidente mostra que é urgente que os zoológicos parem de ter grandes primatas em sua coleção de animais, visto que estes seres não existem na natureza para serem exibidos como troféus e entretenimento de humanos.
Compare esta tragédia, com a introdução de Suzi, bebê chimpanzé de um ano de idade, com Jango, chimpanzé adulto, que perdeu recentemente Junior, o seu companheiro de recinto. Jango aceitou Suzi de imediato e brincou com ela em nossa presença, como se a conhecesse desde sempre. Algo que um zoológico não teria condições de fazer nunca.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Galeria de fotos dos chimpanzés do Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba – SP (Brasil):
Os zoológicos não têm espaço para separar as mães com seus bebês e nem se preocupam em melhorar as instalações. O foco é sempre exibir o bebê, diferentemente dos santuários, onde o tratamento é diferenciado e focado no bem-estar dos chimpanzés.