Morte do gorila Idi Amin: a explicação inexplicável
postado em 09 mar 2012

A seguir, uma nota da Fundação Zoobotânica, que administra o Zoológico de Belo Horizonte, sobre a morte do gorila Idi Amin:

“08 / 03 / 2012 Único gorila macho em cativeiro na América do Sul morre em BH

O gorila Idi Amin, maior atração do zoológico de Belo Horizonte, morreu na manhã desta quarta-feira após uma parada cardiorrespiratória. No momento da morte, o primata, que tinha 37 anos, passava por um procedimento médico de rotina feito por biólogos dentro da jaula em que vivia com outras duas gorilas que chegaram ao zoo no ano passado, vindas da Inglaterra.
A Fundação Zoobotânica, que administra o parque, informou que o animal vinha sendo tratado de um ferimento recente em um dos braços, que estava melhorando aos poucos. No entanto, nas últimas semanas, outras doenças crônicas – como insuficiência renal e osteoartrite – complicaram o quadro de saúde do animal, que passou a sofrer de anemia e desidratação. “Devido à idade avançada e à ação conjunta destas enfermidades, seu estado clínico se agravou gradativamente nas últimas semanas, não apresentando resposta clínica satisfatória ao tratamento intensivo realizado”, disse a fundação em nota.
A entidade afirmou ainda que na manhã desta quarta-feira foi feita uma intervenção farmacológica para a coleta de amostras para novos exames. “Infelizmente, devido ao seu estado já debilitado, Idi apresentou uma parada cardiorrespiratória irreversível e veio a óbito às 11h”. Segundo a Fundação Zoobotânica, ainda hoje será realizada a necropsia do animal. O resultado deve ficar pronto em aproximadamente 30 dias, com o laudo final da causa da morte.
…”

(Fonte: Portal Terra)

Como era de se esperar, consideram que um gorila de 37 anos “tem idade avançada”, quando um gorila pode viver 60 a 70 anos, e aos 37, está na metade de sua vida.

Idi tinha ferimentos que estavam curados, possivelmente feitos por ele mesmo, pela perturbação mental que padecia de morar naquele zoológico.

Ele morreu numa “chamada intervenção farmacológica”, na qual possivelmente foi anestesiado errônea e imprudentemente, e morreu à causa desse procedimento.

Como um ser que estava em tão péssimas condições de saúde, e que viveu anos em solidão, ganha a companhia de duas gorilas jovens? Eles não sabiam que estava tão profundamente doente, como agora relatam, insuficiência renal e osteoartrite?

Os ingleses da Fundação John Aspinall, que se gabam do seu profissionalismo e de sua proteção à espécie, o que podem explicar agora?

O trágico e lastimável de tudo isto é que um gorila que poderia ter vivido muitos anos morreu pela incompetência humana.

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional

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