A mãe, a famosa Washoe, ensinou o seu filho adotivo Dar a falar a linguagem dos sinais, assim como a Loulis e Tatu. O grupo de chimpanzés falantes, que impressionou o mundo, vive na Central Washington University, onde são acompanhados por um grupo de cientistas.
Washoe morreu em 2007. Dar morreu imprevisivelmente aos 36 anos. Loulis, de 34, e Tatu, de 36, ficaram cada vez mais sozinhos.
Dar ganhou o seu nome por conta da capital da Tanzânia – Dar es Salam. Ele foi encontrado morto no dia 22 de novembro passado e uma autópsia será realizada para saber a causa de sua morte.
O companheiro de Dar era Loulis, que foi o primeiro grande primata que conseguiu aprender a linguagem dos sinais de sua própria mãe. Loulis foi adotado por Washoe em 1979, quando ela perdeu tragicamente seu filho biológico.
Tatu, que completou 37 anos em dezembro, é considerado pelo Instituto de Washington como o chimpanzé falante, o mais articulado de todos. Ele lembra seus tratadores todos os dias festivos do ano como: Natal, que ele chama como “árvore doce”; Dia de Ação de Graças, que ele chama “carne de pássaro” e o dia do seu Aniversário, que ele chama “Dia do Sorvete de Dar”, o qual ele gosta muito apesar de não tolerar leite com lactose.
Os Grandes Primatas do mundo e todos os seus defensores humanos nunca poderão esquecer o que este grupo de chimpanzés nos ensinaram em vida – que seus irmãos primitivos não odeiam os humanos, apesar de todas as violências praticadas contra seus iguais e algum dia, os sobreviventes desta luta, poderão ser pessoas em nossas sociedades.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional