Poucas semanas atrás, dois chimpanzés do Zoológico-Safari Sa Coma, de Palma de Mallorca, Espanha, foram assassinados. Ao fugir do seucativeiro e sem um plano de contenção química eficiente, a força policial os abateu, após uma fuga de mais de dois dias pela mata vizinha ao Zoológico. Adan e Eva, nome daqueles infortunados, se somam a uma longa lista de grandes símios abatidos em todos os cantos do mundo, após a fuga de zoológicos e cativeiros precários.
Neste fim de semana, notícias da Espanha novamente chegaram relatando a fuga e morte de outros dois chimpanzés, King e Felipa, do Zoológico Oasis Park, de La Lajita, municipio de Pájara (Fuerteventura), após uma ação policial que terminou com três humanos feridos, um deles, gravemente. Um terceiro chimpanzé, que também tinha escapado, a fêmea Cheeta, foi anestesiada e sobreviveu.
O diretor do Projeto Gran Símio na Espanha, Pedro Pozas Terrados, num comunicado de imprensa sobre o acontecido, solicitou a transferência desse terceiro chimpanzé (Cheeta) para outra instituição que oferecesse maior segurança e pediu que as autoridades das Ilhas Canárias fiscalizem adequadamente os zoológicos que existem em seu território, que não têm condições reais de existir.
Estas tragédias que acontecem com frequência no mundo, algumas noticiadas e outras não, fazem com que cada dia seja mais necessário que os grandes símios sejam retirados da exibição em zoológicos e sejam destinados a santuários, com as condições de segurança e ambientais adequadas, para que a espécie não termine sendo caçada por forças policiais na primeira fuga.
Os grandes símios são seres inteligentes, que se perturbam demais pela exibição pública a que são submetidos nos zoológicos e se convertem em seres agressivos e perturbados, que só pensam em fugir do ambiente em que estão recluídos.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional