DANOS PSICOLÓGICOS SEVEROS
A auto-mutilação refletia o desespero do felino acuado
22/06/2018 às 06:00
Por Eliane Arakaki, ANDA
O quanto Govani, o leão, deveria estar infeliz e desesperado a ponto de mutilar a si mesmo? Este belo leão foi retirado da natureza e confinado a uma gaiola de 2 por 2 metros onde ele mal podia se mover. Como se isso não fosse ruim o bastante, ele teve suas garras e seus dentes caninos arrancados, ele estava tão faminto e miserável que mordeu e comeu sua própria cauda. Este era o destino inimaginável de Govani como um leão de circo itinerante usado e abusado em nome do entretenimento humano e do lucro.
Como alguém poderia forçar um animal selvagem tão majestoso a viver em cativeiro e submetê-lo a esse nível absurdo de abuso e negligência? É difícil dar a volta por cima, mas esse tipo de coisa acontece o tempo todo em circos itinerantes pela Europa. Atualmente, existem mais de 1.000 animais silvestres que ainda sofrem em condições deploráveis e são explorados interminavelmente pelos circos itinerantes europeus. E, por algum motivo insondável, muitos ainda estão aindo livres dos crimes de maus-tratos extremos a esses animais.
Conforme a verdade sobre o tratamento que os circos dão à suas estrelas principais veio à tona, ativistas de animais indignados começaram a exigir que essas operações fossem paradas imediatamente. Eles conseguiram fazer com que circos com animais selvagens fossem banidos em vários países europeus, e muitas organizações de resgate se apresentaram para dar a esses pobres animais uma nova chance de vida. Por exemplo, a Animal Advocacy and Protection Association (AAP, na sigla em inglês) deu a Govani, o leão, a chance de se recuperar de seu passado miserável em um espaço aberto cheio de árvores e lagos.
Mas até que todos os animais vítimas da indústria do circo tenham esse mesmo final feliz, essas operações precisam ser denunciadas e trazidas à luz. Existem cerca de mil animais que ainda estão sendo explorados por diversão humana.
Fonte: ANDA