Jully aprendeu meses atrás a cuidar dos seus pequenos ferimentos, quando em uma briga, Caco mordeu o dedo dela e tivemos que fazer o curativo. Dias atrás, o tratador chamou a Dra. Lucia pelo rádio, visto que Jully lhe mostrou a mão com uma lasca de madeira em sua pele e ela demonstrava dor.

A Dra. Lucia veio com seus instrumentos de primeiros socorros. Jully mostrou a mão com a lasca de madeira que era muito pequena para conseguir tirá-la com a sua mão, então a Dra. Lucia tentou com uma agulha, porém não conseguiu ver direito para extraí-la. Ante esta situação e conhecendo Jully de ferimentos passados, deu a agulha para que ela o retirasse. Jully tirou com a maior facilidade a lasca de madeira, depois colocou anti-séptico, que a Dra. Lucia lhe deu e devolveu a agulha para a Dra. Lucia, depois saiu correndo feliz da vida.

Os bebês chimpanzés com freqüência têm esse problema nas mãos e nos pés, tentam tirar por si próprios e quando não conseguem, vem até nós para que os ajudemos, o que fazemos com freqüência. No entanto com os bebês chimpanzés é mais fácil, pois temos completo acesso a eles, mas com os adultos, especialmente aqueles que só temos acesso através das grades ou janelas, é mais difícil fazer isto e eles devem aprender a fazer estes pequenos curativos.

Leo, por exemplo, tem uma grande tendência de pegar bernes, parasitas que são depositados por moscas em feridas que elas fazem, especialmente quando primatas, humanos e não humanos, estão dormindo, e crescem no interior do tecido da pele. Os chimpanzés ficam desesperados com os bernes e Leo nos mostra os pontos onde têm bernes para que nós os tiremos de lá, depois aplicamos pomadas ou anti-sépticos. Enquanto não tiramos o berne ele não fica sossegado, depois nos mostra a ferida durante dias para confirmarmos que não tem mais nenhum no local do ferimento.