Juiz proíbe treinadores de nadar com baleias no Seaworld
postado em 26 jul 2012

Desde a morte da treinadora Dawn Brancheau, no Parque de Seaworld, pela baleia Tilikum, uma polêmica tem se desatado sobre a segurança do trabalho que estes treinadores de animais aquáticos tem.

Após o acidente, proibiu-se a interação na água dos treinadores com as baleias. Mas como isso diminuiu muito o espetáculo, pouco a pouco os treinadores voltaram a interagir com as baleias.

Agora esta prática está definitivamente proibida por uma ordem do Juiz de Trabalho Ken S. Welsch, que considera que o perigo que os tratadores correm ao ficar na água, a mercê das baleias, é muito grande e não pode mais ser permitido.

Na sentença o Juiz explica:” Uma vez que o treinador está na água com uma baleia assassina que escolhe um comportamento indesejável, o treinador está a mercê do animal”. E acrescentou: "Todos os procedimentos de emergência, redes, sinais embaixo da água e batidas na água são inúteis se a baleia decidiu ignorá-los”.

Após a morte da treinadora, o Departamento de Trabalho Norte-Americano investigou durante 6 meses os espetáculos de baleias no Parque de Orlando, e a segurança dos seus treinadores. Como conclusão emitiu várias normas, barreiras e penalidades que eram necessários ser observados nos espetáculos. O Parque Seaworld recorreu e apelou das punições.

No mês de Junho o Juiz concordou com as conclusões das investigações do Depto. de Trabalho e proibiu que os treinadores interagissem com as baleias na água.

O dramático de tudo isto é que a preocupação se concentrou nos treinadores humanos, e pouca ou nenhuma importância se deu às baleias. Como seres inteligentes e sensíveis que são, viver toda uma vida em tanques minúsculos de água gera perturbações que podem terminar em atos agressivos, como aconteceu com a baleia Tilikum.

A única solução para estes casos, como no caso dos Circos com Animais, é proibir os espetáculos com animais aquáticos, e libertar os mesmos nos oceanos, de onde nunca deveriam terem saído.

Dr. Pedro A. Ynterian.
Presidente, Projeto GAP Internacional

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