Gorilas em zoológicos sofrem de doenças humanas
postado em 23 fev 2011

MORTE PREMATURA

Uma preocupação começa a se espalhar nos Departamentos Médicos de Zoológicos Norte-americanos. Os gorilas estão morrendo prematuramente naqueles locais, de forma repentina, de ataques cardíacos fulminantes.

O Departamento de Biologia da Universidade Case Western Reserve está estudando a relação entre as mortes prematuras, a alimentação e a falta de atividade dos primatas."Estamos começando a entender que podemos ter um monte de gorilas obesos”, falou Kristen Lucas, professor de biologia desta Universidade.

O que acendeu o alerta foi a morte prematura do gorila de nome Brooks, com apenas 21 anos de idade, no Zoológico de Cleveland, em 2005. Isto motivou o início do estudo. Só existem gorilas da Savana, do oeste africano, em zoológicos norte-americanos. Os pesquisadores acham que é necessário mudar a dieta, as fontes naturais, mais parecidas com a que eles têm na natureza. Todos os zoológicos enchiam as bandejas de comida para estes primatas com alimentos altamente calóricos, com alto conteúdo de amido e açúcares.

No Zoológico de Cleveland, a mudança já começou com refeições com mais verduras e frutas, e pouco amido e açúcar, também suplementadas com cápsulas de complexos vitamínicos.

Na dieta anterior os gorilas se alimentavam 25% do dia, já que a alimentação era em excesso calórica. Agora mais natural, eles gastam mais da metade do tempo alimentando-se, o que ajuda a combater o tédio pela falta de atividade.

Algo que os pesquisadores não estudaram, e talvez seja a razão principal da fragilidade cardíaca destes enormes e extraordinários seres, é a falta de atividade e o assédio do público, que geram estresse intenso e terminam em fatalidades cardíacas prematuras.

Torcemos para que em algum momento os zoológicos do primeiro mundo cheguem a conclusão real destas mortes prematuras. Os gorilas e todos os grandes primatas não devem viver em zoológicos, assediados pelo público, mas em Santuários, com privacidade e espaço suficientes para tornar suas vidas em cativeiro o mais saudável e prazerosa possível.

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional