A gorila Kifta, de 12 anos de idade, que veio para o zoológico de Belo Horizonte junto com sua companheira Kimbi em 2011 para ser companhia do gorila macho Idi Amin, morreu no dia 28 passado de edema pulmonar, segundo reportou o zoológico.
A Fundação John Aspinal, que têm dois zoológicos na Inglaterra e reproduz gorilas, intercambiando eles com outros zoológicos do mundo, agora ficou totalmente exposta, já que quando foi gerado aquele plano de marketing para trazer as duas gorilas, a um custo de mais de meio milhão de reais dos contribuintes mineiros, afirmaram que tinham feito um estudo cuidadoso por especialistas.
O fato é que o “comércio” de grandes primatas feito por zoológicos da Europa se mostra muito pernicioso para os próprios primatas. Vínculos familiares são destruídos, como neste caso de duas gorilas jovens, nascidas em cativeiro, que foram separadas de sua família e enviadas para milhares de quilômetros de distância, para acompanhar um gorila solitário e debilitado, que também terminou morrendo pouco depois da chegada das fêmeas.
O “comércio” de grandes primatas deve cessar e, só em casos especiais e muito justificado, as autoridades CITES da Europa e de cada país devem aprovar a transferência. O motivo não pode ser diversificar a coleção de espécie de zoológicos, mas a preservação de uma espécie que está à beira da extinção.
Novamente se prova neste caso que o que motivou toda esta tragédia foi “o marketing” de zoológicos, tanto ingleses como brasileiros, para servirem como “entretenimento de público” a custa da vida valiosíssima de seres que, em poucos anos mais, desaparecerão da face da Terra.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional