GAP Espanha cria Projeto Cetáceo Livre
postado em 26 maio 2010

A denúncia de dias atrás feita pelo Projeto GAP da Espanha contra o parque temático Loro Parque, nas Ilhas Canárias, Espanha – que submete a tratamento abusivo orcas, golfinhos e leões marinhos, forçando-os a fazer acrobacias em troca de alimento – peixe morto – e os mantém em pequenos tanques de água, sendo que estão acostumados a nadar quilômetros e alcançar profundidade de até 500 metros – tem originado um debate na sociedade espanhola sobre este e outros parques aquáticos também denunciados pelo GAP em Madri, Barcelona, Málaga e Tarragona.

O diretor executivo do Projeto GAP Espanha, Pedro Pozas Terrados, em resposta a críticas de que o GAP estaria desviando sua finalidade, dos Grandes Primatas para outros animais, responde: “os objetivos do GAP têm sido ampliados e já não se limitam aos grandes símios, seu objetivo principal. Com o Projeto Cetáceos Livres, pretende estender suas reivindicações aos cetáceos que são considerados os grandes símios dos oceanos”.

O GAP Espanha afirma que vários representantes do mundo científico respaldam esta idéia e mencionam Lori Marinho da Universidade de Emory, em Atlanta; a professora Diana Reiss, especializada em psicologia da Universidade de N. York, e Thomas White, professor de ética da Universidade Loyola de Los Angeles. Estes cientistas pedem que os golfinhos sejam tratados como “pessoas não humanas” devido a sua grande inteligência, que pode se equiparar a de uma criança de três anos.

Lembramos que o Congresso norte-americano também está debatendo a utilidade destes parques aquáticos, que representam um grande negócio para poucas companhias e mantém em escravidão dezenas de cetáceos. Os animais terminam perturbados mentalmente e originam os ataques aos humanos, como o mais recente caso na Flórida, em que uma experiente treinadora foi morta por uma orca.

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional

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