No dia 28 de outubro, o jornal continuou com a polêmica (veja abaixo texto da notícia), mostrando a opinião de pessoas de zoológicos que não concordam com a nossa posição. Porém, ninguém comentou exatamente a proposta “CONVERTER EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO”. Inclusive foi uma proposta que deputados do Partido Verde deram entrada no Congresso em Brasília anos atrás.
A visitação pública perturba muito aos animais, especialmente os grandes primatas, que em poucos meses ficam praticamente loucos. Vale a pena sacrificar milhares de animais para que as crianças vejam como eles não são na realidade? Se você perguntar para uma criança, que tem um espírito puro, se prefere que o animal sofra para ela vê-lo, ela vai responder que não.
Porém, atrás de alguns zoológicos existem outros interesses e não desejamos entrar nessa polêmica. Algum dia as verdadeiras histórias do que acontece nos bastidores dos zoológicos vão ser conhecidas. Por enquanto, não entraremos nesse mérito.
Grandes primatas expostos em zoológicos ficam perturbados e eu desafio qualquer primatologista ou especialista a me contradizer nesta afirmação.Temos os exemplos vivos disso no Santuário de Sorocaba.
Manter grandes primatas em zoológicos não é pedagogia, não é ética e não é amor aos animais.
Em entrevista à Folha, o microbiologista Pedro Ynterian defendeu o fim dos zoológicos; para ele, animais são estressados
Educadores e responsáveis por zoológicos discordam do empresário e microbiologista Pedro Ynterian, 71, que em entrevista à Folha, ontem, defendeu o fechamento dos zôos brasileiros.
Segundo ele, zoológicos causam estresse aos animais, que chegam a se mutilar, e não têm importância pedagógica. “A criança pode ver o leão no zoológico, mas o comportamento dele é falso. Acho mais válido assistir a um documentário”, afirmou.
O zootecnista Luiz Pires, presidente da Sociedade de Zoológicos do Brasil e diretor do zôo de Bauru, diz que a posição dele é equivocada.
“Os animais não se comportam exatamente como na selva, mas isso não invalida a visita. Ninguém vai ver um leão atacar uma zebra, por exemplo, mas vai conhecer o tamanho, o ruído, o cheiro e a cor dos animais”, afirma.
Para o diretor técnico-científico do zôo de SP, João Batista da Cruz, que preside a Sociedade Paulista de Zoológicos, zoológicos se dedicam à conservação das espécies.
O professor de biologia Rodrigo Damiano, 33, leva alunos de um colégio particular de São Carlos ao zôo duas vezes por mês. “O melhor lugar para dar aulas práticas é lá.”