Entendendo Travis
postado em 25 fev 2009

A TRAGÉDIA DE STAMFORD


Após assistir as imagens da TV norteamericana, o áudio do pedido desesperado de Sandra Herold à policia local e os diversos depoimentos de “supostos” especialistas no tema “chimpanzés”, nos vemos forçados a tentar explicar publicamente e extrair conclusões sobre o que aconteceu naquela casa, no subúrbio de Stamford, em que um chimpanzé de 13 anos quase levou a óbito uma amiga de Sandra, Charla Nash, que estava ajudando a fazer regressar para dentro de sua prisão, o chimpanzé Travis.


CENÁRIO: Travis era um chimpanzé de 13 anos, que quando pequeno fez comerciais de TV e foi comprado por Sandra Herold de um criadouro comercial nos Estados Unidos. Sandra ficou viúva anos atrás e perdeu sua filha em um acidente de carro. Travis era a substituição de sua filha morta. Sandra e Travis moravam em uma pequena propriedade no subúrbio de Stamford, Estado de Connecticut, onde um quarto-prisão tinha sido construído para mantê-lo controlado.


Travis era um chimpanzé jovem (os chimpanzés vivem como os humanos), obeso, sem  exercício para um corpo que precisava dessa atividade e com a face de um chimpanzé idoso. Em alguns momentos ou horas Travis tinha a opção de andar pela casa e compartilhar a vida com sua proprietária.


A visão que Travis tinha do mundo era pelas poucas oportunidades que saia do carro, quando era menor e antes de sua fuga em 2003 no centro de Stamford, que não teve conseqüências, já que ele só queria brincar. Travis – quando saia – usava fralda e uma corrente grossa em volta de seus quadris, a fim de poder ser teoricamente controlado.


Os chimpanzés são seres sociais, que vivem em comunidades grandes e desfrutam muito da interação entre eles. Nunca um humano poderá substituir outro chimpanzé como companhia. Penetrando na mente de Travis, podemos ver que era um ser prisioneiro, acostumado a hábitos estranhos para ele, isolado de seus iguais, que conhecia por vídeos e revistas, e que tinha uma restrição de liberdade enorme, o que fomentava mais ainda sua curiosidade e seu desejo de conhecer o mundo exterior.


DECISÃO: Em algum momento, e não deve ter sido a primeira vez, Travis procurou a forma de sair da casa, e andar livre pelas redondezas, talvez, a procura inútil de um ser semelhante a ele. Também sabía como todos os chimpanzés sabem, incluindo os de nossos santuários, que as chaves são usadas para abrir as portas e permite o acesso a locais que nunca ou pouco conheceram. Ele conseguiu as chaves, abriu sua prisão e a porta externa da casa. Estava sem corrente nos quadris, e livre para algum tempo de diversão e liberdade.


REAÇÃO: Sandra Herold se encontra com Travis solto e ela aos 70 anos, não tem como fazê-lo mudar de opinião. Liga para uma amiga, Charla Nash, de 55 anos, que já conhecia o chimpanzé, porém sem intimidade, para que viesse e ajudasse a fazê-lo voltar à sua prisão. Nash chegou de carro e ao sair se deparou com Travis, que sabía que ela estava ali para cortar seus minutos de divertimento e liberdade. A reação foi imediata.


Segundo nossa experiência, quando um chimpanzé foge, alguém que não seja da real intimidade dele nunca deve tentar enfrentá-lo, já que ele vai reagir. No caso de Travis, Sandra tentou tirá-lo de cima de Charla batendo nele com uma pá e esfaqueando-o várias vezes, sem que ele revidasse ao ataque de sua mãe adotiva, o que indica claramente seus sentimentos por ela.


O que podemos chamar de atacar para defender-se. A sra. Herold tentou tirá-lo de cima de Nash com golpes, gritos e depois atacando-o com uma grande faca, já que ela não tinha nem aparelho eletrônico nem químico de contenção, como a polícia despreparada de Stamford, não os tinha tampouco. Ao sentir-se ferido por sua própria mãe adotiva, Travis deve ter ficado mais furioso ainda e prolongou o ataque à Nash, que perdia parte da face e das mãos.


Travis ferido, abandonou a cena do ataque, enquanto a sra. Herold ligava para a policia, explicando aos gritos o que acontecia, e clamando que a policia viesse e matasse o chimpanzé.


O ASSASSINATO: Quando a policia chegou, fez um cordão de segurança para resgatar Charla Nash, que estava quase morta, em uma poça de sangue. Minutos depois Travis voltou e quando viu várias viaturas que tinham chegado, tentou abrir uma das portas, o que os policiais interpretaram como uma tentativa de agressão e atiraram contra o chimpanzé, que ainda teve forças de voltar para dentro da casa, deixando um rastro de sangue e foi morrer em seu quarto-prisão.


ENTENDENDO O SUCEDIDO: Uma simples fuga para divertimento de Travis, que não deveria viver isolado nessa casa, com essa senhora de 70 anos, totalmente despreparada, para saber controlá-lo, se converteu em tragédia, quando uma pessoa estranha ao convívio com ele, apareceu para pegá-lo de volta, de quem possivelmente Travis já tinha ciúme do passado, por incidentes acontecidos. Nash não tinha acesso freqüente a Travis solto, só quando estava preso. Ele sem dúvida, nem confiava nem gostava dela.


As explicações que se tem dado todas são superficiais, como um chimpanzé de 90 quilos é três vezes mais forte que um humano; ele estava tomando um remédio – Xanax – para o tratamento da doença de Lyme, que afeta algumas reações neurológicas; ela tinha mudado de penteado e não a reconheceu, etc. no fim não explicam nada, já que ninguém penetrou na mente de Travis naquele momento, que foi o que originou o ataque cruento.


O DESPREPARO OFICIAL: A policia de Stamford, sabendo que um chimpanzé morava naquela casa, e que já tinha causado problemas, não possuia armas de contenção química nem eletrônica, hoje normais em qualquer polícia bem aparelhada. Mais ainda em uma área, onde existem outros seres selvagens, que avançam nas cidades. Matar é mais fácil, é a cultura adquirida em anos de conflitos bélicos. Existia uma lei no Estado que proibia macacos de mais de 50 libras de peso, como pets, sem um registro especial. Travis não o tinha.


CHIMPANZÉ VERSUS HUMANOS, REAÇÕES VIOLENTAS: No mesmo instante que Travis perpetrava uma ação agressiva, centenas de humanos eram mortos nos cinco continentes, por outros humanos, muitas dessas ações, sem justificativa plausível (se a morte a tiver), e ninguém se importava. Bombas explodem matando inocentes, balas perdidas acertam crianças no fogo cruzado do tráfico e as autoridades, porém, não é notícia, nem dá um minuto de importância para o registro do fato. Um chimpanzé prisioneiro, isolado do mundo, tratado com remédios sem prescrição nem acompanhamento médico, que procura a liberdade e a companhia ilusória de seus semelhantes, provoca quase a morte de alguém que nunca deveria ter sido interposto em seus desejos, visto que não era de seu convívio diário, gerou horas de divulgação na mídia mundial.


QUE A TRAGÉDIA SIRVA DE EXEMPLO: Durante mais de 15 anos o Projeto GAP e outras organizações similares, lutam pelo reconhecimento dos direitos básicos dos chimpanzés (e os grandes primatas) em nossas sociedades humanas, para acabar com a exploração dos mesmos, em experiências médicas, entretenimento, comércio, propaganda e exibição em circos e zoológicos. Os chimpanzés em especial, têm 99,4% de nosso DNA, carregam o mesmo sangue (permitindo as transfusões entre homens e chimpanzés) e têm um ancestral comum, que deu origem ao homem moderno. Têm sentimentos, inteligência, memória, altruísmo, vivem em sociedade, amam, odeiam, invejam, sentem pavor, medo, tristeza, entendem nossa língua, porém, não podem falar, mas sabem comunicar seus desejos e reações.


Existem mais de 40 santuários no mundo acolhendo grandes primatas que foram retirados de seus habitats à força nos últimos 50 anos, ou nasceram em cativeiro. São necessários outros 40 santuários a mais no mínimo, para acolher aqueles que ainda são torturados em laboratórios de experiências médicas nos Estados Unidos, mais de 1000, e ainda trabalham em circos e em locais de entretenimento. A exibição de grandes primatas em zoológicos deve ser proibida, já que gera estresse e perturbações mentais, dificilmente recuperáveis. Um dia de custo das guerras que são travadas no mundo, declaradas ou não, seriam suficientes para garantir um refúgio decente e livre da exploração humana, para mais de 3000 chimpanzés, orangotangos e gorilas, que são tratados inadequadamente e muitos deles torturados sem misericórdia.


A caça de grandes primatas para alimentar humanos, no lugar onde ainda sobrevivem em vida livre, está liquidando aceleradamente as populações selvagens. O tráfico de bebês, ainda existente em países do leste asiático, e do meio-leste, são práticas que devem acabar, de forma radical. Penas pesadas devem ser impostas àqueles que se envolvam nesse tipo de operação, com o fim de coibí-las, e parar de gerar mais grandes primatas em cativeiro forçado.


Se as sociedades humanas tivessem acolhido esta nossa mensagem, não teríamos que amargurar tragédias como estas, nem ver os sofrimentos que seres tão próximos a nós, padecem.


Que a morte de Travis não seja em vão!


Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional

LA TRAGEDIA DE STAMFORD


ENTENDIENDO A TRAVIS

Fotos: Travis y Sandra, Charla Nash, Travis

Después de asistir las imágenes de la TV norteamericana, el audio del pedido desesperado de Sandra Herold a la policia local y las diversas opiniones de “supuestos especialistas” en el tema “chimpancés”, nos vemos forzados a intentar explicar publicamente y extrair conclusiones sobre lo que sucedió en aquella casa, en los suburbios de Stamford, en que un chimpance de 13 años casi llevó a la muerte a una amiga de Sandra, Charla Nash, que estaba ayudando a hacer regresar al chimpance para dentro de su cuarto-prisión.


ENCENARIO:Travis era un chimpancé de 13 años, que cuando era pequeño hizo comerciales para la TV y fue comprado por Sandra Herold de un criatorio comercial en los Estados Unidos. Sandra quedó viuda años atrás y perdió su hija en un accidente de carro. Travis era la substitución de su hija muerta. Sandra y Travis vivían en una pequeña propiedad en el suburbio de Stamford, Estado de Connecticut, donde un cuarto-prisión habia sido construido para mantenerlo allí controlado.


Travis era un chimpancé joven (los chimpancés viven como los humanos), obeso, debido a la falta de ejercicio apropiado para su cuerpo, y con el rostro de un chimpancé viejo. En algunos momentos o horas Travis tenía la opción de andar por la casa y compartir la vida con su propietaria.


La visión que Travis tenía del mundo era por las pocas oportunidades que salía de carro, cuando era menor y antes de su fuga en 2003, en el centro de Stamford, que no tuvo consecuencias, ya que él sólo quería jugar. Travis – cuando salía – usaba pañales y una cadena gruesa alrededor de su cadera, con el fin teorico de controlarlo.


Los chimpances son seres sociales, que viven en grandes comunidades y disfrutan mucho de la interacción entre ellos. Nunca un humano podrá substituir a un chimpancé como compañía. Penetrando en la mente de Travis, podemos ver que era un ser prisionero, acostumbrado a habitos ajenos a su origen, aislado de sus iguales, que conocia por videos y revistas, asi como tenía una restricción de libertad enorme, lo que fomentava todavia mas su curiosidad y su deseo de conocer el mundo exterior.


DECISIÓN: En algun momento, y no debe haber sido la primera vez, Travis buscó la forma de salir de la casa, y andar libre por las redondezas, tal vez, en la busqueda inutil de un ser semejante a él. También sabía como todo los chimpancés saben, incluyendo los de nuestros santuarios, que las llaves son usadas para abrir las puertas y que permiten el acceso a los locales que nunca o poco conocieron. El consiguió las llaves, abrió su prisión y la puerta externa de la casa. Estaba sin la cadena en el cuerpo, y libre para algún tiempo de diversión y libertad.


REACCIÓN: Sandra Herold se encuentra con Travis suelto y ella a los 70 años no tiene fuerzas para hacerlo regresar a la casa. Llama a una amiga, Charla Nash, de 55 años, que ya conocía al chimpancé, pero sin intimidad, para que viniese a ayudarla a hacerlo regresar a su cuarto-prisión. Nash llegó de carro y al salir del mismo se encontró con Travis, que sabía que ella estaba allí para cortar sus minutos de diversión y libertad. La reacción fue inmediata.


Según nuestra experiencia, cuando un chimpancé huye, nadie que no sea de la verdadera intimidad de él debe enfrentarlo, para hacerlo regresar, ya que él va a reaccionar con violencia. En el caso de Travis, Sandra intentó sacarlo de encima de Charla golpeandolo con una pala, y despues acuchillandolo varias veces, sin que él la atacase al ser su madre adoptiva, lo que indica claramente sus fuertes sentimientos de cariño por ella.


Lo que podemos llamar de atacar para defenderse. La sra. Herold lo intentó sacar de encima de Nash, con golpes, gritos y atacandolo despues con un enorme cuchillo, ya que ella no tenía ni aparato electrico de inmobilización ni recursos de contención quimica anestesica, como tampoco la policia de Stamford los tenía. Al sentirse herido por su propia madre adoptiva, Travis debe haber quedado mas furioso y prolongó su ataque a Nash, que perdía ya parte del rostro y las manos.


Travis, herido, abandonó la escena del ataque, cuando la sra. Herold llamaba a la policia, explicando a los gritos lo que sucedía, y clamava paa que la misma viniese y matase al chimpance.


EL ASESINATO: Cuando la policia llegó, hizo un cordón de seguridad para conseguir rescatar a Charla Nash, que estaba inconsciente, en medio de un charco de sangre. Minutos después Travis regresaba y cuando vió que varios carros estaban presentes, intentó abrir la puerta de uno de ellos, lo que los policias interpretaron como un acto agresivo, y dispararon contra él, que todavía tuvo fuerzas de regresar a la casa, y dejando un rastro de sangre, ir a morir a su cuarto-prisión.


ENTENDIENDO LO SUCEDIDO: Una simple fuga para diversión de Travis, que no debería vivir aislado en aquella casa, con una señora de 70 años, totalmente despreparada para controlarlo, se convirtió en una tragedia, cuando una persona extraña al dia a dia con él, apareció para hacerlo regresar a su prisión. Posiblemente, aquella persona que lo quería hacer regresar, Travis ya tenía celos del pasado, por su relación con su propietaria, y con quien él nunca estuvo con ella suelto. Él, sin duda, ni confiaba ni le agradaba aquella compañía.


Las explicaciones que se han dado son todas superficiales, como la fuerza tres veces superior a un humano, de un chimpance de 90 kilos; de que estaba tomando una medicina – Xanax – para el tratamiento de la enfermedad de Lyme, que daba reacciones neurologicas secundarias; de que Nash había cambiado el peinado y él no la había reconocido, etc., que en fin no explican nada, ya que todos ignoraron penetrar en la mente de Travis en aquel momento, y procurar lo que originó su ataque violento.


LA INCOMPETENCIA OFICIAL: La policia de Stamford, sabiendo que un chimpancé vivía en aquella casa, y que ya había causado problemas anteriores, no poseía armas de contención quimica ni electronica, hoy normales en todas las policias bien armadas. Mas todavia en una area, donde existen otros animales selvajes, que avanzan y entran en las ciudades. Matar és mas facil, es la cultura adquirida en años de conflictos bélicos. Existía una ley en el Estado que prohibía monos de mas de 50 libras de peso, como pets, sin un registro especial. Travis no lo tenía.


CHIMPANCÉS VERSUS HUMANOS, REACCIONES VIOLENTAS: En el mismo instante que Travis perpetraba su acción agresiva centenas de humanos eran muertos en los cinco continentes, por otros humanos, muchas de esas acciones sin justificativa plausible (si la muerte las exigiese), y nadie se importaba. Bombas explotan matando inocentes, balas perdidas matan niños en el fuego cruzado del trafico y las autoridades represivas, pero, eso no és importante para gastar un relato de noticia de l minuto en los grandes medios de comunicación. Un chimpancé prisionero, aislado del mundo, tratado con medicinas sin supervisión medica, que busca la libertad y la compañía ilusoria de sus semejantes, provocando casi la muerte de una persona que se interpuso en sus deseos, que no era de su convivio diario, generó horas de divulgación en la prensa mundial.


QUE LA TRAGEDIA SIRVA DE EJEMPLO: Duranta mas de 15 años el Proyecto GAP y otras organizaciones similares, luchan por el reconocimiento de los derechos basicos de los chimpancés (y de los grandes primatas) en nuestras sociedades humanas, de forma de acabar con la explotación de los mismos en experiencias medicas, entretenimientos, comercio, propaganda y su exhibición en circos y zoologicos. Los chimpancés, en especial, tienen 99,4% de nuestro DNA, llevan la misma sangre nuestra (permitiendo las transfusiones entre humanos y primatas), y tienen un ancestral comun, que dió origen al hombre moderno. Tienen sentimientos, inteligencia, memoria, altruismo, viven en sociedad, aman, odian, envidian, sienten pavor, miedo, tristeza, alegria, entienden nuestra lengua, pero, no pueden hablar, mas saben comunicar sus deseos y reacciones.


Existen mas de 40 santuarios en el mundo acogiendo grandes primatas que fueron retirados de su habitat a la fuerza en los ultimos 50 años, o nacieron en cautiverio. Son necesarios otros 40 santuarios a mas al minimo, para acoger a todos aquellos que todavia son torturados en laboratorios de experiencias medicas en los Estados Unidos (mas de 1000), y los que todavia trabajan en circos y en locales de entretenimiento. La exhibición de grandes primatas en zoologicos debe ser prohibida, ya que genera stress y perturbaciones mentales en los mismos, de lo cual és dificil recuperarlos. Un dia de costo de las guerras que hoy se traban en el mundo, las declaradas y las no declaradas, sería suficiente para garantizar un refugio decente y libre de la epxlotación humana para mas de 3000 chimpancés, orangutanes y gorilas, que son hoy tratados en forma inadecuada, para decir lo menos, y muchos torturados sin misericordia.


La caza de los grandes primatas para alimentar a humanos, en aquellas zonas donde todavia sobreviven en vida libre, está liquidando aceleradamente las poblaciones selvajes. El trafico de bebes, que todavia subsiste en paises del medio-este y del este asiatico, son practicas que deben ser acabadas radicalmente. Penas pesadas deben ser impuestas a aquellos que se envuelvan en esas actividades, con el fin de coibirlas, y parar la generación de mas primatas para vivir en cautiverio forzado.


Si las sociedades humanas hubiesen acogido esta nuestra mensaje, hoy no tendríamos que amargar tragedias como estas, ni ver los sufrimientos que seres tan proximos a nosotros, padecen.


Que la muerte de Travis no sea en vano!


Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Proyecto GAP Internacional


STAMFORD TRAGEDY
 
UNDERSTANDING TRAVIS


Photos: Travis and Sandra, Charla Nash, Travis 
 
After watching the images broadcasted by North American TV, the audio of the desperate request made by Sandra Herold to the local police and the several declarations of supposed specialists in chimpanzees, we found ourselves obliged to try to explain to the general public and come to conclusions about what happened in that house in the suburb of Stamford. There, a 13-year old chimpanzee almost killed a friend of Sandra, Charla Nash, who was helping to put the chimpanzee Travis back to his prison.


SCENERY: Travis was a 13-year old chimpanzee. When he was a child he worked for TV commercials and had been bought by Sandra Herold from a commercial breeder in the United States. Sandra became a widow a few years ago and lost her daughter in a car accident. Travis was the substitute of her dead daughter. Sandra and Travis lived in a small property in the suburb of Stamford, state of Connecticut, where a bedroom-prison had been built to keep him controlled.


Travis was a young chimpanzee (chimpanzee live as long as humans), fat, did not practice any exercise, although his body needed this kind of physical activity, and had a face of an old chimpanzee. There were moments that Travis had the option to walk through the house and share his life with his owner.
 
The vision Travis had of the world was based on the few opportunities he had to go out in a car, when he was younger and before his runaway from Stamford centre in 2003, which did not have any bad consequences as long as he only wanted to play. When Travis went out, he used diapers and a thick chain around his hip, in order for him to be, in theory, controlled.


Chimpanzees are social beings, who live in big communities and enjoy very much the interaction among the individuals. A human will never be able to substitute another chimpanzee as a partner. If we go deep inside Travis’ mind, it is able to see that he was a prisoner, accustomed to habits that were strange to him, isolated from their equals, who he knew through videos and magazines, and that he had a huge freedom restriction, which incited even more his curiosity and desire to know the external world.


DECISION: There was a moment, and this must not had been the first time, that Travis found a way to get out of the house and walk around freely, maybe to find anyone similar to him, which would be useless. He also knew, like all the other chimpanzees know – including the ones who live in our sanctuaries -, that the keys are used to open the doors and allow the access to places that they never knew, or know only a little bit. He managed to get the keys, opened his prison and the external door of the house. He had no chains around his hips and was able to have some time of fun and freedom.
 
REACTION: Sandra Herold found herself with Travis unlocked and she, who is 70 years old, could not make him change his decision. She called a friend, Charla Nasch, 55 years old, who already knew the chimpanzee, but had no intimacy with him, asking her to go to the house to help her to make him come back to his prison. Nash arrived in her car and when she got out she met Travis, who knew she was there to interrupt his moment of fun and freedom. The reaction was immediate.


According to our experience, when a chimpanzee runs away, someone who is not of his real intimacy should never try to confront him, because he is going to react back. In the case of Travis, Sandra tried to get him out of Charla beating him with a spade and stabbing him several times. He did not reply back her attack, which shows clearly that he had feelings for her.
 
What can we say about attack and defense. Mrs. Herold tried to get him out of Nash with strokes, shouts and, after that, she attacked him with a big knife, as she had neither electronic nor chemical contention equipment, the same situation of the unprepared police of Stamford. When he sensed he had been injured by his own adoptive mother, Travis must have become more furious and continued to attack Nash, who was loosing part of her face and hands.
 
Severely wounded, Travis abandoned the crime scene while Mrs. Herold called the police, explaining desperately what was happening and begging to the police to come and kill the chimpanzee.
 
THE MURDER: When the police arrived, they isolated a security area to rescue Charla Nash, who was almost dead, lied on her own blood. Minutes later Travis came back and when he saw several police cars, he tried to open the doors of one vehicle, which the policemen considered to be an attempt of aggression. Then they shot at him, who still had the strength to come back into the house, leaving a blood trace, and died inside his bedroom-prison.


UNDERSTANDING WHAT HAPPENED: A simple escape aiming amusement – Travis must not have lived isolated in this house, with a 70-year old lady, who was not prepared or knew how to control him – ended up in a tragedy, when a person he considered to be a stranger appeared to catch him. Probably Travis also was jealous of her, because of some incidents that took place in the past. Nash did not have access to Travis when he was unlocked, only when he was imprisoned. There is no doubt that he neither trust nor liked her.


The explanation presented are all superficial, such as a chimpanzee who weights 90 kilos is three times stronger than a human; he was taking a medicine – Xanax – to treat Lyme disease, which impacts some neurological reactions; she had changed her hair, so he did not recognize her etc. In the end these justificatives do no explain anything, as long as no one was inside Travis’ mind in the particular moment that originated the cruel attack.
 
OFICIAL LACK OF PREPARATION: Even knowing that a chimpanzee lived in that house, and had already caused problems, Stamford Police did not have any contention guns, neither electronic nor chemical, which today are common in well prepared police teams. Even more in an area where there are other wild beings that advance towards the towns. Killing is easier, it is the culture learnt in the years of war conflicts. There was a law in the state that prohibited monkeys that weighted more than 50 pounds, as pets, without a special register. Travis did not have this.


CHIMPANZEE VERSUS HUMANS, VIOLENT REACTIONS: In the very same instant Travis was having an aggressive reaction, hundreds of humans were being killed in the five continents, by other humans. And a lot of these actions do not have a plausible explanation (if this kind of death has any explanation at all) and no one cares. Bombs explode killing innocents, lost bullets hit children in the trafficking gunfire and the authorities do not even give a minute of attention to register the fact – it is not news though. An imprisoned chimpanzee, isolated from the world, treated with medicines without any prescription or medical advising, who looks for freedom and for the dreamed company of his equals, almost caused the death of someone who must never had been put among his desires, as she was not living together with him, she was not part of his routine. And this generated hours of promotion and articles in the world press.


MAY THE TRAGEDY BE AN EXAMPLE: For more than 15 years, GAP Project and other similar organizations fight for the recognition of the basic rights of chimpanzees (and of the great primates) in our human societies, in order to put an end in their exploitation, in medical experiments, entertainment industry, marketing, advertising and exhibition in circus and zoos. Chimpanzees, in special, have 99,4% of our DNA, carry the same blood (there can be blood transfusions between men and chimpanzees) and have an ancestor in common with us, who gave origin to the modern man. They have feelings, intelligence, memory, altruism, live in society, love, hate, envy, feel fear and sad, understand our language. They can not talk, but they know to communicate their desires and reactions.


There are more than 40 sanctuaries in the world that give home to great primates who had been caught out of their habitats in the last 50 years or who had born in captivity. It is necessary more 40 sanctuaries, as a minimum number, to give shelter to those who are still being tortured in medical experiment labs in United States – more than 1000 – or who still work in circus and other entertainment places. The exhibition of great primates must be forbidden, as it generates stress and mental illness, which rarely are completely cured. The price of one day of the wars that are sponsored all over the world, declared or non-declared ones, would be enough to guarantee a decent refugee, free from exploitation signed by humans, to more than 3000 chimpanzees, orangutans and gorillas, who are treated improperly, a lot of then even being tortured with no mercy.
 
Great primates hunting to feed humans, in places where there are still animals in the wild, is shutting down quickly the wild population. Babies’ trafficking, that still exists in countries of East Asia and middle-east, is an activity that must be radically vanished. Heavy penalties must be imposed to those who get involved in these kinds of operations, aiming to repress them, so that no more great primates are forced to live in captivity.


If human societies had already understood this message, we would not have to witness tragedies like these, nor see the suffering of beings that are so close to us.


May Travis’ death not be in vain!
 
Dr. Pedro A. Ynterian
President, GAP Project International