Egito é a primeira rota de tráfego ilegal de primatas
postado em 23 jul 2008

PASA DENUNCIA

Ante a negativa da CITES (Convenção Internacional de Comércio de Espécies em Perigo de Extinção), em sua última reunião em Genebra, de tomar medidas enérgicas contra o Egito, signatário desta Convenção, para que cesse suas práticas de vista grossa ante o contrabando de primatas africanos, a PASA faz um apelo mundial para que todos os países e organizações denunciem aquele país, ante todos os foros e situações, por ser participante desta atividade ilegal.

O Projeto GAP Internacional apóia esta ação da PASA, e solicita que todos os que estão comprometidos na luta pelos direitos dos grandes primatas, enviem suas mensagens às Embaixadas do Egito em cada um dos países do mundo, protestando pela falta de controle do contrabando de primatas da África, que usa o Egito como sua principal rota.

Doug Cress, Diretor Executivo da PASA, declarou que "A CITES parece que acha que o Egito sozinho pode tomar conta do controle do contrabando de primatas, porém está provado que o Egito carece da capacidade e da vontade política de tomar as medidas necessárias, a fim de impedir que chimpanzés e gorilas sejam tirados da África através desse país."

PASA avalia que mais de 100 chimpanzés e gorilas residem em zoológicos privados no Cairo, Giza, Alexandria e outros centros turísticos do Egito, e estima-se que todos foram obtidos ilegalmente. As autoridades egípcias se negam a mostrar a documentação dos poucos chimpanzés que alegam ter confiscado. A rede de tráfico a partir do oeste e centro da África para o Egito, já denunciada desde 1996, continua intacta. Estima-se ainda que 25 chimpanzés por ano são contrabandeados por esta rota, para abastecer zoológicos e colecionadores de países da Ásia e Árabes.

Segundo Doug Cress, "se a CITES pensa seriamente em reprimir o tráfico de primatas no mundo, o Egito deve ser o primeiro alvo."

Ainda está fresco na memória o incidente de quatro anos atrás no aeroporto do Cairo, quando um container foi aberto e foram achados seis bebês chimpanzés e quatro macacos em seu interior. Ao invés de confiscá-los, as autoridades o fecharam de novo, e o enviaram de volta a Nairobi, África, de onde vieram; um chimpanzé e todos os macacos chegaram mortos. Uma falta de sensibilidade que espanta, e que coloca em dúvida qualquer promessa das autoridades egípcias de tomar medidas efetivas para acabar com o contrabando de primatas através de suas fronteiras.

Proteste! Envie mensagens às Embaixadas do Egito em todos os países!

BRASIL: embegito@opengate.com.br

Dr. Pedro A. Ynterian
Projeto GAP Internacional