NOVA LEI NA ÍNDIA
A autoridade ambiental do governo da Índia, que tem jurisdição sobre os parques zoológicos do país, ditou uma nova lei ou norma proibindo a aquisição de mais animais pelos zoológicos, salvo por aqueles que construam espaços abertos e grandes para mantê-los.
Segundo as autoridades indianas “os animais não poderão mais serem mantidos em espaços confinados”, como a maioria dos zoológicos os mantém, que é o caso do Brasil e da maioria dos países do mundo.
Para manter-se funcionando o zoológico de Mumbai, um dos primeiros a ser atingido pela proibição, começou a desenvolver um projeto para converter-se de zoológico em museu, exibindo apenas animais empalhados.
A dificuldade na Índia de ter um acervo de animais empalhados é que só existe um local especializado em Taxidermia no país e cada animal demora dois meses para ficar pronto para exibição.
Vários ambientalistas têm criticado a decisão dos zoológicos de exibir animais empalhados, segundo Debi Goenka, ambientalista opositor a idéia , declarou “empalhar o corpo de um animal que viveu toda sua vida no cativeiro é tripudiar” e acrescentou “como os ministros e os burocratas do serviço público se sentiriam se fossem eles e não os animais, os empalhados?”
Na realidade esta medida do governo indiano sai na frente de várias iniciativas em diversos países, de negar utilidade a existência dos zoológicos, neste século, com as possibilidades que existem de transmissão de imagens e de apresentar os animais em suas reservas naturais. Vários especialistas internacionais, inclusive num debate que está sendo travado no Congresso norte-americano, questionam “a suposta missão educativa” de zoológicos que mostram animais estressados, com diversas doenças comportamentais, como se eles fossem normais.
No Brasil, um projeto de Lei que existiu anos atrás no congresso, apresentado por um deputado do Partido Verde foi arquivado, que pedia o fim do zoológico com visitação pública e sua conversão em unidades de conservação e resgate de animais tirados do tráfico ou de situações de abuso e escravidão por humanos.
Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional