RELATÓRIO EXPÕE A IRRESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DO FESTIVAL DREAM VALLEY, REALIZADO NO BETO CARRERO WORLD ANO PASSADO.
Para conhecimento de todos os interessados, disponibilizamos em nosso site o relatório produzido pela Dra. Vania de Fátima Plaza Nunes – CRMV-SP-4119, médica veterinária sanitarista, pela UNICAMP, que, a pedido da Promotoria Pública do Distrito de Piçarras (SC), visitou rapidamente o local do Festival durante um dos dias em que o mesmo foi celebrado.
A seguir reproduzimos uma parte das conclusões que a Dra. Vania chegou em seu relatório, que colocam até em dúvida o porquê da existência daquele Zoológico dentro do Parque mencionado.
“Importante ressaltar que o uso de animais com finalidade comercial como se viu durante a avaliação no zoológico do parque Beto Carrero, cada vez mais tem sido questionado e condenado por diferentes seguimentos da sociedade contemporânea, sejam eles técnicos ou pessoas do senso comum em todas as partes do mundo uma vez que a cada dia a ciência nos mostra que manter os animais em ambientes diferentes do que aqueles naturais em especial para as espécies de selvagens/ silvestres sejam eles exóticos ou da fauna nativa contribuem de forma direta para a diminuição ou ausência de bem estar animal. As instalações que pudemos observar sejam elas para os silvestres ou os domésticos eram inadequadas, ultrapassadas, pequenas, e alguns dos programas pelos técnicos do parque denominados de educação ambiental em nada lembram as diretrizes dos programas nacionais definidos por leis específicas e necessários a promoção do conhecimento da sociedade e da adoção de práticas éticas para com os animais. É nosso parecer que as atividades de entretenimento do parque de diversões, as do zoológico e a realização do evento não são compatíveis de ocorrerem em local contíguo e próximo dos animais mesmo no caso de animais que nasceram em cativeiro como assegurado pelos técnicos do zoológico bem como pelo fato de estarem os mesmos acostumados com muito movimento e ruído em período diurno nas atividades de visitas rotineiras.
Estar acostumado não significa que não tenham e sofram danos, não apresentem quadros de estresse agudo ou crônico e não sofram uma vez que são reconhecidos pela ciência mundial como seres sencientes independente das espécies aqui analisadas, bem como as outras ali alojadas de forma permanente, eles não têm opção de escolha de um local mais calmo e seguro no ambiente limitado e restrito onde se encontram.”
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Notícia relacionada:
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