O boletim Nautillus do PGS da Espanha (que é o centro do GAP mundial atualmente) narra uma descoberta macabra, o descobrimento de um chimpanzé em uma vila no Valle de La Orotava, Ilha de Tenerife, na Espanha, chamado Guillermo, de 12 anos de idade, que nunca viu a luz do sol.
Guillermo nasceu no Zôo de Tenerife e aparentemente foi abandonado pela mãe. A Direção do Zôo deu aquele bebê chimpanzé após dias de seu nascimento a uma funcionária do Zôo, Candelária Hernandez, para que ela cuidasse dele. Ela o criou em sua casa naquela vila pouco conhecida e quando ele ficou mais forte, o colocou em uma gaiola de quatro metros quadrados, com um teto de lona para que não visse o sol, pois acreditava fazer mal a ele.
Naquele ergástulo de quatro metros quadrados, cheio de lixo, Guillermo tem vivido doze anos de sua vida. Perdeu um olho em algum momento, por jogar-se contra os ferros de sua prisão. Não dá para filmá-lo, já que está na escuridão, a dona dele é uma mulher desequilibrada, que não se faz entender e não entende aos que tratam de mudar a situação.
Guillermo, com sua visão de um olho só e sua face de tristeza, passa horas a fio arrancando-se os pêlos e fazendo movimentos repetitivos, produtos de sua perturbação mental. Nunca tocou a terra, uma planta, a grama, viu o sol ou as estrelas, nunca brincou com um colega; sua vida é uma contagem regressiva para morrer na desesperança e abandono.
O GAP Espanhol está tentando junto com as autoridades removê-lo daquele lugar hediondo, para um lugar decente, mas até agora não conseguiu, porém o GAP continuará lutando para que Guillermo veja a luz do sol, o brilho das estrelas e abrace algum amigo chimpanzé, em algum momento de sua vida terrível.