Defensora de grandes primatas protesta contra o uso de chimpanzés no Super Bowl
postado em 09 mar 2009

Defensora de grandes primatas protesta contra o uso de chimpanzés no Super Bowl

Por Brenda Scott Royce, The Huffington Post

12/02/2009: O que chimpanzés e óleo de motores de carro têm em comum? Se você disse nada, provavelmente você perdeu o Super Bowl 43 (no início de fevereiro nos EUA), quando estas entidades completamente opostas dividiram a tela num comercial de 30 segundos da Castrol Edge.

No comercial (intitulado “Macacos Grease”, apesar do fato de símios não serem macacos, mas primatas), um homem preguiçoso descansa em sua garagem enquanto chimpanzés “mecânicos” trabalham no seu carro. Coroado com um filtro de óleo, o homem conta ao seu vizinho que os chimpanzés fizerem dele um rei.

O comercial de meio minuto pode ter gerado algumas risadas, e de alguma forma até ter alavancado a venda de óleo de motores, mas o preço pago pelos animais atores não compensa, de acordo com Patti Ragan, fundadora do Centro para Grandes Primatas, em Wauchula, Flórida.

As instalações de Ragan abrigam 42 chimpanzés e orangotangos, muitos deles aposentados do show business. Alguns estrelaram comerciais em Supor Bowls anteriores, incluindo alguns famosos do E-Trade e CareerBuilder.com. E é pelo fato de estar cuidando dessas estrelas aposentadas do Super Bowl que Ragan ficou confusa com o novo comercial da Castrol.

“Ter animais que apareceram em comerciais do Super Bowl antes, e sabendo o que isso implica, ver aqueles chimpanzés me deixou muito triste, pois vi que ainda não avançamos”, disse Ragan numa entrevista por telefone. “As pessoas não pensam sobre o que acontece com estes animais depois que eles aparecem nos comerciais. Eles não sabem que estão sacrificando o futuro de um animal ameaçado para fazer dinheiro para uma empresa que vende um produto.”

O uso de primatas na indústria de entretenimento não é algo novo (é só perguntar a Bonzo), mas graças a campanhas recentes de Jane Goodall e outros primatólogos, agora nós sabemos os problemas gerados na prática. No seu site, Goodall ressalta que primatas performers são separados de suas mães ainda na infância e depois de um tempo são descartados, quando atingem a puberdade. Como chimpanzés em cativeiro vivem de 50 a 60 anos, isso significa que estes seres irão necessitar de cuidados que custam caro ao final de sua breve carreira no showbizz.

Os sortudos – como o orangotango parceiro de Jason Alexander em Dunston Checks In – acabam em lugares como o Centro para Grandes Primatas. Os chimpanzés da Castrol podem não ser tão afortunados. “Já estou além da minha capacidade”, diz Ragan, valendo ressaltar que ela tem mais de uma dúzia de primatas na sua lista de espera, mas não tem recursos suficientes para abrigá-los. Custa aproximadamente USD 15.000 por ano os cuidados com um primata, e como outras instituições sem fins lucrativos, o centro está sentindo as dificuldades da crise econômica atual.

Enquanto todos os envolvidos em um comercial – da agência e emissora aos atores, fornecedores e treinadores de animais – fazem dinheiro, nada é reservado ao futuro dos animais. Nenhum cheque é direcionado a Wauchula para as estrelas aposentadas dos comerciais da CareerBuilder, mesmo com as suas imagens ainda sendo usadas no site da empresa.

“A CareerBuilder parou de usar chimpanzés nos seus comerciais, o que é maravilhoso. No entanto, eles ainda têm a campanha Monk-E Mail no seu site”, diz Ragan. “Eles têm a nossa chimpanzé Bella, num vestido rosa e com pérolas, e Ellie, uma fêmea que tinha sete anos e na qual eles colocaram maquiagem para que ela parecesse um executivo de meia idade.”

Ragan, que já pediu à empresa que tirasse os chimpanzés do site, completa, “Gostaria que a CareerBuilder considerasse o rendimento conseguido com a exploração dos chimpanzés que agora estamos tomando conta e pensasse onde estes chimpanzés estão agora.”

Além do efeito na vida de cada primata, individualmente, usado em propagandas, comerciais como o da Castrol podem ter um impacto negativo na conservação, de acordo com um estudo recente publicado na revista Science. O estudo concluiu que o uso freqüente de chimpanzés em shows de TV e comerciais pode levar com que as pessoas achem que eles não se encontram ameaçados, uma concepção errada segundo o principal autor do estudo, Steve Ross, integrante do Plano para Sobrevivência de Chimpanzés da Associação Americana de Zoológicos e Aquários. “Esta representação inadequada e inapropriada de chimpanzés pode influenciar negativamente no modo como o público percebe as espécies ameaçadas, que estão necessitando de sérios esforços de conservação”, disse Ross.

Obviamente, vestir chimpanzés com roupas e instigá-los a imitar o comportamento humano distorce ainda mais a percepção sobre estes primatas. Estas representações podem até ser engraçadas, mas a que custo? “Para nós nos divertimos um pouco”, diz Ragan. “Não justifica colocar em risco a vida desses animais – tirando-os de suas mães, usando-os por alguns anos e deixando-os com um futuro incerto.”

Alguns publicitários fizeram a opção de abrir mão do uso de primatas de uma vez por todas. Honda, Subaru e Yahoo! estão entre as empresas que se comprometeram em não usar mais primatas em suas propagandas. Ragan aplaude estas empresas e implora que outras tomem a mesma decisão. Ela também convida os publicitários, executivos das emissores e a própria organização do Super Bowl a considerarem esta alternativa.

“As pessoas que escrevem estes comerciais e vendem as companhias usando grandes primatas, e as pessoas que compram estes comerciais e vendem o tempo de exibição, elas precisam pensar sobre o que estão fazendo em relação ao impacto para a vida selvagem, para o bem-estar dos animais e o impacto na atitude das pessoas em relação à conservação, além do impacto na vida de cada um destes animais.”

Fonte: http://www.huffingtonpost.com/brenda-scott-royce/ape-advocate-cries-foul-o_b_165483.html

PATTI RAGAN, SANTUÁRIO DE WAUCHULA


PROTESTA CONTRA EL USO DE CHIMPANCÉS EN SUPER BOWL


Matéria de Brenda Scott Royce, para The Huffington Post.


Foto: Bella, Ellie en el Career Builder y Ellie en el Center


Qué tienen en comun chimpancés y aceite de carro? Si Ud dice nada, probablemente Ud perdió el Super Bowl 43 (en el inicio de Febrero en USA), cuando estas entidades totalmente opuestas dividieron la pantalla en un comercial de 30 segundos del Aceite Castrol Edge.


En el comercial (titulado “Monos Grease”, a pesar de que los simios no son monos, sino primatas), un hombre vago descansa en su garage mientras que “chimpancés mecanicos” trabajan en su carro. Coronado con un filtro de aceite, el hombre cuenta a su vecino que los chimpances hicieron de él un Rey.


El comercial de medio minuto puede haber generado algunos sonrisos, y hasta de alguna forma haber aumentado la venta del aceite de motores, mas el precio pago por los animales actores no compensa, según Patti Ragan, fundadora del Centro para Grandes Primatas, en Wauchula, Florida.


Las instalaciones de Ragan abrigan 42 chimpances y orangutanes, muchos de ellos retirados del “show business” (entretenimiento). Algunos fueron las estrellas en comerciales en Super Bowls anteriores, incluyendo algunos famosos del E-Trade y del Career Builder.com. Y es por el hecho de estar cuidando de esas estrellas retiradas del Super Bowl que Ragan quedó confusa con el nuevo comercial de la Castrol.


“Tener animales que aparecieron en comerciales del Super Bowl antes, y sabiendo lo que eso significa, ver aquellos chimpancés me dejó muy triste, ya que vi que no habíamos avanzado”, dice Ragan en una entrevista telefonica. “Las personas no piensan lo que sucede con estos seres después que ellos aparecen en los comerciales. Ellos no saben que están sacrificando el futuro de un ser amenazado de extinción, para hacer dinero para una empresa que vende un producto.”


El uso de primatas en la industria del entretenimiento no es algo nuevo (es solo preguntar a Bonzo), mas gracias a las campañas recientes de Jane Goodall y otros primatologos, ahora sabemos los problemas generados en la practica. En su site, Goodall cuenta que los primatas actores son separados de sus madres durante la infancia, y después son descartados, cuando llegan a la pubertad. Como los chimpances en cautiverio viven 60 años o mas, eso significa que estos seres irán a necesitar de cuidados que cuestan caro después de su breve carrera como actores.


Los suertudos – como el orangutan compañero de Jason Alexander en Duston Checks Inn – acaban en lugares como en el Santuario Centro para Grandes Primatas (en Wauchula, Florida). Los chimpances usados por Castrol tal vez no tengan tanta suerte. “Ya estoy arriba de mi capacidad” dice Ragan, haciendo resaltar que tiene mas de una docena de primatas en su lista de espera, pero no tiene los recursos suficientes para acogerlos. Cuesta aproximadamente US15000 por año el cuidado de un primata, y como las otras entidades sin fines lucrativos, el centro está sintiendo las dificultades de la actual crisis financiera mundial.


En cuanto todos los envueltos en el comercial – desde los agentes, la emisora, entrenadores y suministradores – hacen dinero, nada es reservado para el futuro de los actores chimpancés. Ningun cheque es enviado a Wauchula para las estrellas retiradas de la propaganda de la firma Career Builder, asi como sus imágenes continuan siendo usadas por esta empresa.


“La Career Builder paró de usar los chimpances en sus comerciales, lo que es maravilloso. Pero, todavía tiene en su site la campaña Monk-E-Mail”, dice Ragan. “Ellos tienen a nuestra chimpance Bella, en un vestido rosado con perlas, y Ellie, una hembra que tenía siete años, y en la cual colocaban maquillaje para que pareciese un ejecutiva de media edad.”


Ragan, que ya pidió a la empresa sacase a los chimpances del site, completa “Me agradaría que la Career Builder considerase el rendimiento obtenido con la explotación de los chimpances, que ahora nos cuidamos, y pensase donde esos chimpancés están ahora.”


Ademas del efecto de la vida de cada primata, individualmente, usado en propagandas, comerciales como de la Castrol pueden tener un impacto negativo en la conservación, de acuerdo con un articulo reciente publicado en la revista Science. El estudio concluye que el uso frecuente de chimpancés en shows de TV y comerciales pueden llevar a pensar a la población que ellos no están amenazados de extinción, lo que es errado según el principal autor del estudio, Steve Ross, integrante del Plan para Sobrevivencia de los Chimpancés, de la Asociación Norteamericana de Zoologicos y Acuarios. “Esta presentación inadecuada y poco apropiada de chimpancés puede influenciar negativamente como el publico percibe las especies amenazadas, que están precisando de sérios esfuerzos de conservación”, dice Ross.


Obviamente, vestir chimpancés con ropas e incentivarlos a imitar el comportamiento humano distorciona todavia mas la percepción sobre estos primatas. Estas presentaciones pueden ser divertidas, pero cuál es el costo? Para solamente divertirnos un poco” dice Regan. “No se justifica colocar en riesgo la vida de estos seres – ya arrancados de sus madres, usandolos por algunos años y dejandolos con un futuro incierto”.


Algunos publicitarios ya hicieran la opción de no usar mas primatas. Honda, Subaru y Yahoo están entre las empresas que se han comprometido a no usar mas primatas en propaganda. Ragan aplaude estas empresas e implora que otras muchas tomen la misma decisión. También convida a los publicitarios, ejecutivos y a los propios organizadores del Super Bowl, para que consideren esta alternativa.


“Las personas que escriben estos comerciales y venden a las compañias, asi como las personas que compran estos comerciales y venden el tiempo de exhibición de los mismos, ellos precisan pensar el mal que están haciendo a la vida selvaje, al bienestar de los animales y el impacto que causan en el publico que deja de creer que esos animales no deben ser protegidos.”


Fuente: http://www.huffingtonpost.com/brenda-scott-royce/ape-advocate-cries-foul-o_b_165483.html

APE ADVOCATE CRIES FOUL OVER SUPER BOWL SIMIANS

By Brenda Scott Royce, The Huffington Post

photo: Bella, Ellie in the Career Builder ad and Ellie at the Center

February, 12, 2009: What do chimpanzees and motor oil have in common? If you said nothing, you probably missed Super Bowl 43, when these otherwise incongruent entities shared the screen in a 30-second commercial for Castrol Edge.

In the spot (titled “Grease Monkeys” despite the fact that its simian stars are not monkeys but apes), a slacker lounges in his garage as chimpanzee “mechanics” work on his car. Crowned with an oil filter, the man tells his neighbor that the chimps have made him their king.

The half-minute commercial may have generated a few laughs, and somehow even spiked motor oil sales, but the price paid by the animal actors isn’t worth it, according to Patti Ragan, founder of the Center for Great Apes in Wauchula, Florida.

Ragan’s facility is home to 42 chimpanzees and orangutans, many of whom are retired from show business. Some starred in previous Super Bowl commercials, including popular spots for E-Trade and CareerBuilder.com. It’s because she is caring for these former Super Bowl stars that Ragan was troubled by the new Castrol spot. 
“Having animals that have appeared in Super Bowl commercials before, and knowing what the issues are, it made me very sad to see those chimps, and to see that we haven’t moved beyond that,” Ragan said in a phone interview. “People don’t think about what happens to these animals after they appear in these commercials. They don’t know that we’re sacrificing an endangered animal’s future to make money for a company selling a product.”

The use of apes in entertainment is nothing new (just ask Bonzo), but thanks to recent campaigns by Jane Goodall and other primatologists, we now know the problems inherent in the practice. On her website, Goodall points out that performing primates are separated from their mothers as infants and discarded by the time they reach puberty. Since chimpanzees live 50 to 60 years in captivity, that means these hirsute has-beens will require decades of costly care after the end of their short show-biz careers.

The lucky ones — like Jason Alexander’s orangutan sidekick from Dunston Checks In — end up at places like the Center for Great Apes. The Castrol chimps may not be so fortunate. “I’m beyond capacity,” Ragan says, noting she has more than a dozen apes on her waiting list but lacks the resources to take them in. It costs approximately $15,000 a year to care for one ape, and like most non-profits, the Center is feeling the pinch of the current economic crisis.

While everyone involved with a commercial — from the network and ad agency to the actors, caterers, and animal trainers — makes money, nothing is put aside for the animals’ future. No residual checks are wending their way to Wauchula for the former stars of the CareerBuilder ads, even though their likenesses are still being used on the company’s website.

“CareerBuilder has stopped using chimpanzees in their commercials, which is wonderful, however they still have their Monk-E Mail campaign on their website,” Ragan says. “They have our chimpanzee Bella, in a pink dress and pearls, and Ellie, a female that was seven-years-old, whom they put makeup on to make her look like an old male executive.” (Bella is pictured above; Ellie is below left in the CareerBuilder ad, and right, at the Center.)

Ragan, who has urged the company to remove the chimps from its website, adds, “I would like CareerBuilder to consider the revenue they get from exploiting those chimps that we are now taking care of, and to think about where those chimps are right now.”

Beyond their effect on the lives of the individual apes in the ads, commercials like Castrol’s may have a negative impact on conservation, according to a recent study published in Science. The study found that because chimps are so widely used in TV shows and commercials, people assume they must be thriving — a dangerous misconception according to lead author Steve Ross, chair of the American Zoo and Aquarium Association’s Chimpanzee Species Survival Plan. “This inaccurate and inappropriate portrayal of chimpanzees may negatively influence the way the public perceives this endangered species, which is in need of serious conservation efforts,” Ross said.

Needless to say, dressing chimps in clothing and prompting them to mimic human behavior further distorts public perception of these apes. Such depictions may tickle the funny bone, but at what cost? “For us to get a few yuks,” Ragan says, “it doesn’t justify jeopardizing the lives of these animals — taking them away from their mothers, using them for a few years, and leaving them with an uncertain future.”

Some advertisers have chosen to get out of the ape business altogether. Honda, Subaru, and Yahoo! are among the companies that have pledged to quit using apes in their advertisements. Ragan applauds those companies and urges others to follow suit. She also calls on the advertisers, networks, and the Super Bowl itself to consider their complicity.

“The people who write these commercials and sell the companies on using great apes, and the people who buy these commercials and sell the airtime, they need to think about what they’re doing to impact wildlife, impact animal welfare, impact people’s attitudes about conservation, and impact these individual animals’ lives.”

Source: http://www.huffingtonpost.com/brenda-scott-royce/ape-advocate-cries-foul-o_b_165483.html