CONCEA quer aprovar tortura de animais oficialmente
postado em 14 out 2014
Beagle Instituto Royal

O CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) é um órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que regula as atividades científicas no país, que estão sob sua jurisdição. Quando estourou o caso dos Beagles,  executivos do Ministério defenderam o trabalho que o Instituto Royal fazia com aqueles cães inocentes.

Agora para evitar surpresas e reação da população, desejam fazer normas oficiais para torturar desde roedores até primatas não humanos, às quais, legalmente, ninguém conseguirá se opor.

A consulta pública do Edital n° 7, de 24 de setembro de 2014, divulgada no Diário Oficial da União com data de 25 de setembro de 2014, Seção III, página 12, foi preparada por um Ministério que tem apenas algumas semanas de vida – já que as eleições do dia 26 de outubro vai mudar tudo completamente; o pessoal comprometido com a defesa dos animais, que assumirá esses cargos, tem a missão de acabar com  a tortura animal a todo nível, legalizada por esse órgão dominado por torturadores de bichos.

É praticamente impossível, no exíguo prazo estabelecido para manifestação da sociedade, usando os formulários e editais com mais de 70 folhas, responder e questionar o uso que o CONCEA quer dar aos animais na pesquisa científica.

Primatas_não_humanos_para_uso_científico_pág.2-4

O Brasil está voltando ao passado. Enquanto a experimentação médica, especialmente em primatas não humanos, já tem sido abandonada por todos os países, eles desejam restabelecê-la, aproveitando a confusão do momento político-eleitoral que atravessamos.

Na calada da noite, de uma forma estapafúrdia, sabendo que é praticamente impossível contestar um edital daquele tamanho, com um formato de respostas complicado, garantem que ninguém se oponha e que os ex-defensores do INSTITUTO ROYAL  voltem a tomar conta da vida de milhares de animais inocentes, sacrificando-os falsamente em aras da procura da melhor saúde humana.

Protestemos todos junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, ao seu órgão CONCEA e à Presidência da República, que permite que um Ministro que têm os dias contados no cargo em que ocupa deixe uma pegada de dor, sangue e sofrimento na história deste Governo.

Dr. Pedro A. Ynterian

Presidente, Projeto GAP Internacional

 Fonte:

 http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/313236/Editais___CONCEA.html

PROTESTE CONTRA A NOVA NORMA DO CONCEA DE TORTURA DE ANIMAIS

“Prezados Senhoras e Senhores,

Meu nome é Luiz Fernando Leal Padulla, sou professor, biólogo, doutor em Etologia e Mestre em Ciências.

Venho através deste email, solicitar revisão e até mesmo o cancelamento na Norma que visa utilizar primatas não humanos para estudos científicos.

É do conhecimento de todos que além do dano psicológico, todos os animais são dotados de sistema nervoso que lhes permitem sim sentir dor e, mais importante, reconhecer tal sentido como algo doloroso ou danoso ao seu organismo. Os estudos e fatos estão disponíveis para qualquer um, basta VONTADE SENSIBILIDADE para interpretá-los e assim chegarem à conclusão do quão absurdo são essas experiências. A cada dia, mais e mais estudos comprovam tais afirmações.

Outro fator a ser considerado é que na grande maioria das vezes, os resultados obtidos em animais não humanos não reproduzem o efeito esperado. Devemos e lembrar inclusive do que foi feito com chimpanzés na década de 80, os quais foram injustamente inoculados com diversos vírus – incluindo o HIV – e bactérias, sem que rendessem contribuição algum ao avança da “medicina humana”. Para piorar a situação, foram fadados a viverem até o fim de suas vidas em construções/jaulas totalmente inadequadas à vida, o que até hoje é motivo de disputas judiciais e ações para a libertação desses seres inocentes.

Seria mais CORRETO e COERENTE o investimento em pesquisas de biotecnologia para a produção artificial de células e tecidos HUMANOS, como já existem estudos. Tenho certeza que ninguém iria se opor a tais avanços, muito pelo contrário.

Lamentável também e que tudo isso tenha sido feito “às pressas e na surdina”. Se realmente se importam e querem fazer algo decente, deveriam ao menos aumentar esse prazo para a real participação pública e opinião de outros especialistas.

Por que não fazem isso? A impressão que nos passam com isso é que querem evitar uma CONSULTA PÚBLICA.

Espero, sinceramente, que revejam isso e, no mínimo, dêem voz à opinião pública, tornando isso EFETIVAMENTE uma consulta pública, e não apenas no aspecto protocolar/burocrático.

Grato pela atenção.

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Prof. Luiz Fernando Leal Padulla
CRBio 39841/01
Doutor em Etologia
Mestre em Ciências
Especialista em Bioecologia e Conservação”