Um chimpanzé fêmea, adulta, que morava ilegalmente com uma pessoa que o explorava comercialmente, morreu ontem, após ser baleado no dia anterior ? 18 de outubro ? quando escapou de seu cativeiro em uma casa particular no bairro Demarchi, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo.
O chimpanzé conseguiu abrir a alavanca da gaiola com uma peça metálica, onde ficava quando não estava trabalhando, e na ausência do dono, fugiu e andou por várias casas do bairro. Ante a ausência de autoridades ambientais, que sabem como enfrentar estas situações, a Polícia Militar foi acionada e um policial, sem a devida preparação para estas situações, tentou capturá-lo que então se defendeu e mordeu um dedo do policial, que reagiu com um tiro na boca do primata; triste desfecho.
Uma equipe veterinária do Parque Estoril chegou pouco mais tarde, anestesiou o chimpanzé para retirá-lo do local e o levou para o Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Bernardo, onde fomos informados que ele faleceu no dia seguinte.
Nossa organização responsabiliza diretamente o dono do chimpanzé que o mantinha ilegalmente trabalhando para ele, contrariando as normas e leis existentes, e colocou em perigo a vida de seres humanos, assim como do primata não humano que terminou morrendo. O policial que não estava preparado para enfrentar estas situações e que só agiu como única alternativa, não pode ser responsabilizado pelo trágico resultado.
Alertamos a todos aqueles que continuam explorando chimpanzés em zoológicos, circos e proprietários particulares, como o dono deste chimpanzé, que o Poder Público deveria processá-los por infringir as normas de nossas Leis Ambientais.
É imperativo que todos os chimpanzés em circos, zoológicos e em posse de particulares sejam retirados desses centros inapropriados e enviados aos Santuários existentes no país, para que vivam uma vida digna entre os seus semelhantes. Afinal é a dívida que a humanidade tem com estes primatas que possuem 99,4% de nosso DNA e que ainda são escravizados pelos humanos hoje, como também foram os representantes da raça negra, nos séculos passados.
Para maiores informações, contatar Dr. Pedro A. Ynterian através dos telefones (11)5564-9595/ (11)9645-0936 .