NÃO SÓ NO BRASIL

Após uma inspeção em mais de 500 zoológicos, parques e circos, o Governo chinês fechou sete estabelecimentos, e considera a possibilidade de fechar outros 53, caso não cumpram determinações das autoridades de imediato.

Denúncias recebidas de muitas localidades mostram um quadro gigantesco de maus tratos aos animais nesses centros, especialmente zoológicos. Segundo o portal Terra, em março foi detonado um escândalo por conta da morte de 13 tigres siberianos – 11 deles de fome e dois sacrificados após atacar um tratador em um zoológico ao nordeste da China.

O diretor do setor de fauna da Administração Estatal da Ciência Florestal, Zhang Xiwu, que fiscaliza estes centros, declarou: “Alguns zoológicos são incapazes de oferecer os cuidados básicos aos animais por suas receitas insuficientes, e outros estavam relacionados com a venda ilegal de espécies selvagens”.

O diretor da Ong Fundo Internacional para o Bem-estar Animal, Hua Ning, considerou positiva a ação do Governo chinês: “O Governo precisa ajudar aos zoológicos e aquários para que cancelem atuações de entretenimento aos visitantes que causam danos aos animais”.

A China possui 700 zoológicos, parques, safáris e circos com animais, que recebem a visita de 150 milhões de pessoas anualmente.

No Brasil a situação não é diferente. Mais da metade dos zoológicos existentes no país não tem registro oficial no Ibama, nem cumprem com as normas existentes para manter os estabelecimentos funcionando.

As sociedades em todos os países do mundo estão chegando a conclusão de que manter milhões de animais trancafiados em gaiolas e recintos precários para dar entretenimento a humano é anti-ético e imoral. E a China é um exemplo, já que é um dos países que mais sacrifica e maltrata animais. Um exemplo de caso terrível, que já foi amplamente denunciado, é o dos ursos, que são pendurados com a vesícula aberta para coleta da bile, sentindo dores imensas.

Fonte: BBC, Terra e Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional