Estudo descobre que “efeito do espectador” não é exclusivo dos humanos e pode ter evoluído antes entre os primatas.
Por Bruno Carbinatto (Super Interessante)
Quando estamos sendo observados ao fazer alguma tarefa, nós, humanos, agimos de maneira diferente do que quando estamos sozinhos. A presença de uma plateia pode, muitas vezes, melhorar nosso desempenho ao dar incentivos para agirmos melhor – algo chamado pela psicologia de “facilitação social”. Outras vezes, a pressão pode causar nervosismo e piorar o resultado (inibição social).
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Não se sabia até então se o fato de se importar com os espectadores era algo inerentemente humano – afinal, nossa espécie vive em uma sociedade que valoriza bastante a reputação e o prestígio social, ou seja, nós nos importamos com o que os outros pensam. Outras espécies animais, é claro, também são sociais, mas não dá para saber até que ponto elas são parecidas conosco quando o assunto é efeito plateia.
Cientistas da Universidade de Kyoto, no Japão, colocaram a questão à prova com seis chimpanzés que vivem na faculdade. Ao longo de seis anos, esses animais foram testados em experimentos simples, em que deveriam apertar números numa tela.
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Analisando todos os resultados, a equipe descobriu que os seis chimpanzés tinham um desempenho melhor nas tarefas difíceis quando eram observados por mais pessoas – quanto maior a plateia, melhor o resultado.
Curiosamente, nas tarefas fáceis, o inverso ocorria: chimpanzés se davam mal quando muita gente estava na audiência.
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