NO TRIÂNGULO DE GOUALOUGO

Não há dúvidas de que os primatólogos teóricos ou de zoológicos após ler a matéria da National Geographic, edição 119, procurariam explicações até exotéricas para criar uma nova espécie de chimpanzés, como a criação de Frans de Waal dos chimpanzés “paz e amor”, que lhe rendeu fama e dinheiro vendendo livros, fruto de sua imaginação fértil.

Não nos surpreendemos, ao contrário. Consideramos que o trabalho pioneiro e extraordinário desse casal de pesquisadores, Dave Morgan e Crickette Sanz, nas profundezas da selva congolesa, onde eles foram os primeiros humanos a pisar, nos permite explicar muitas coisas que temos observado morando há 10 anos com chimpanzés em cativeiro.

Os chimpanzés do Goualougo são primatas originais, sem contaminação com o contato humano: são curiosos, sociais, não agressivos, inteligentes, espertos, têm sua própria cultura. Quando viram o casal e sua pequena equipe de ajudantes fazer um acampamento no meio da mata para passar a noite, se posicionaram em cima deles nas árvores, para observar de perto o que aqueles seres estranhos fariam. No dia seguinte desceram das árvores, continuaram observando os seus afazeres e um de cada vez foi abandonando o local, para cuidar de suas vidas no meio daquela floresta virgem onde a única vila de 400 pigmeus está a 50 km de distância.

Convidamos todos a ler esta matéria na íntegra e conhecer os nossos irmãos da floresta:

http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-119/chimpanzes-triangulo-goualougo-congo-528579.shtml

Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional