Chimpanzé foge de zoológico britânico e é morto
postado em 03 out 2007

Funcionários do parque britânico de Whipsnade, uma mistura de zoológico e safári, mataram um chimpanzé depois que ele conseguiu escapar da área cercada em que vivia.

O zoológico teve de ser fechado logo depois que os chimpanzés Jonnie e Coco fugiram. Os visitantes foram levados para locais seguros ou instruídos a ficarem dentro de seus carros.

Coco foi encontrado sem ferimentos, mas Jonnie não pode ser recapturado com segurança e “teve de ser morto”, segundo um porta-voz do zoológico.

“Assim que os funcionários descobriram o ocorrido, o procedimento estabelecido para a fuga de animais foi iniciado”, diz uma declaração de Whipsnade.”

Os responsáveis agiram rápido para recapturar os dois chimpanzés, Jonnie e Coco. Os procedimentos foram seguidos pelos funcionários e, para preservar a segurança do público, Jonnie levou um tiro.

“O zoológico abriu uma investigação para descobrir como os animais conseguiram escapar.

Em entrevista ao jornal The Sunday Times, a especialista em macacos Alison Cronin aprovou a decisão dos funcionários do zoológico, dizendo que “os chimpanzés são naturalmente agressivos”.

Apesar da imagem inofensiva, segundo o jornal, os animais podem representar perigo. Chimpanzés adultos em cativeiro podem pesar até 76 quilos e têm a força de seis homens adultos. (Estadão Online)

MATAR É A SOLUÇÃO

Nosso Comentário:

Reproduzimos acima a notícia como ela foi veiculada, sabendo que as opiniões e conceitos ali colocados não são a realidade. Esses chimpanzés,  que foram submetidos durante anos ao estresse da exibição e ao assédio do público, e que seguramente sofriam de problemas de comportamento nesse zoológico, foram considerados  “agressivos”, quando os  agressivos somos nós humanos que os tornamos insanos por submetê-los pela força à exibição pública.

Alison Cronin que aprovou a decisão é nada menos que a dona do Monkey World, que montou e administrou com seu prematuramente falecido marido, e que se considera uma das maiores “especialistas” no mundo em chimpanzés, já que mantém em seu zoológico várias dezenas deles, também submetidos à exibição pública.

Os chimpanzés para nós e muitos primatólogos são nossos irmãos, para outros primatologistas nossos parentes mais próximos no reino animal, por quê devemos exibí-los em zoológicos, como um troféu ou uma raridade para seres humanos despreparados em satisfazer sua curiosidade?

O que se deve tirar de útil, se algo tiver, deste novo sacrifício absurdo, que se junta a dezenas de outros acidentes similares através do mundo,  que o lugar de chimpanzés não é em zoológicos, senão em Santuários, sem visitação pública, onde eles possam viver em sua comunidade de iguais.

PROJETO GAP INTERNACIONAL