Funcionários do parque britânico de Whipsnade, uma mistura de zoológico e safári, mataram um chimpanzé depois que ele conseguiu escapar da área cercada em que vivia.
O zoológico teve de ser fechado logo depois que os chimpanzés Jonnie e Coco fugiram. Os visitantes foram levados para locais seguros ou instruídos a ficarem dentro de seus carros.
Coco foi encontrado sem ferimentos, mas Jonnie não pode ser recapturado com segurança e “teve de ser morto”, segundo um porta-voz do zoológico.
“Assim que os funcionários descobriram o ocorrido, o procedimento estabelecido para a fuga de animais foi iniciado”, diz uma declaração de Whipsnade.”
Os responsáveis agiram rápido para recapturar os dois chimpanzés, Jonnie e Coco. Os procedimentos foram seguidos pelos funcionários e, para preservar a segurança do público, Jonnie levou um tiro.
“O zoológico abriu uma investigação para descobrir como os animais conseguiram escapar.
Em entrevista ao jornal The Sunday Times, a especialista em macacos Alison Cronin aprovou a decisão dos funcionários do zoológico, dizendo que “os chimpanzés são naturalmente agressivos”.
Apesar da imagem inofensiva, segundo o jornal, os animais podem representar perigo. Chimpanzés adultos em cativeiro podem pesar até 76 quilos e têm a força de seis homens adultos. (Estadão Online)
MATAR É A SOLUÇÃO
Nosso Comentário:
Reproduzimos acima a notícia como ela foi veiculada, sabendo que as opiniões e conceitos ali colocados não são a realidade. Esses chimpanzés, que foram submetidos durante anos ao estresse da exibição e ao assédio do público, e que seguramente sofriam de problemas de comportamento nesse zoológico, foram considerados “agressivos”, quando os agressivos somos nós humanos que os tornamos insanos por submetê-los pela força à exibição pública.
Alison Cronin que aprovou a decisão é nada menos que a dona do Monkey World, que montou e administrou com seu prematuramente falecido marido, e que se considera uma das maiores “especialistas” no mundo em chimpanzés, já que mantém em seu zoológico várias dezenas deles, também submetidos à exibição pública.
Os chimpanzés para nós e muitos primatólogos são nossos irmãos, para outros primatologistas nossos parentes mais próximos no reino animal, por quê devemos exibí-los em zoológicos, como um troféu ou uma raridade para seres humanos despreparados em satisfazer sua curiosidade?
O que se deve tirar de útil, se algo tiver, deste novo sacrifício absurdo, que se junta a dezenas de outros acidentes similares através do mundo, que o lugar de chimpanzés não é em zoológicos, senão em Santuários, sem visitação pública, onde eles possam viver em sua comunidade de iguais.
PROJETO GAP INTERNACIONAL