MICHAEL JACKSON: UM ANO DE SUA MORTE

Patti Ragan escreveu com o coração um apelo a mídia norte-americana para que deixe de lado o banal e se concentre no transcendental. No caso de Michael Jackson e o chimpanzé Bubbles, que durante alguns anos, quando era um bebê e não tinha consciência do mundo a sua volta, viveu dias alucinantes de viagens, espetáculos, publicidade e solidão. Ela é a dona do Centro para os Grandes Primatas, de Wauchula, Flórida, onde hoje Bubbles mora com outros chimpanzés e orangotangos famosos que fizeram história em filmes de Hollywood anos atrás.

No aniversário da morte de Michael Jackson, o Animal Planet junto com La Toya Jackson, irmã de Michael, estiveram presentes no Santuário para mostrar Bubbles e contar a história que La Toya tem do seu convívio com ele naqueles anos de espetáculo.

Patti Ragan, em seu comentário sobre a matéria, lamenta que a reportagem deixou de lado e não mostrou para a sociedade norte-americana – a que mais maltrata e escraviza animais no planeta – o porquê do Santuário e o erro de usar grandes primatas e outros animais como “pets” e no “show-business”.

Talvez o mais positivo da reportagem foi o comentário que La Toya Jackson fez frente às câmeras: “Todos nós amávamos Bubbles muito, porém agora eu sei que não é correto usar chimpanzés como “pets” ou no entretenimento”. Isto pelo menos a mídia que banaliza não conseguiu esconder do público.

Atrás das grades e na companhia de seus iguais, Bubbles talvez tenha refletido: "Superficiais são esses humanos que se sentem superiores e donos do mundo e não sabem que a felicidade se consegue com as coisas mais simples da vida, e com o carinho sincero de seres entre si …”.

Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional