SANTUÁRIO SAVE THE CHIMPS
Carlos nasceu na África há mais de 4 décadas. Em 2007 pisou na grama e entrou em sua ilha, que hoje se chama a Ilha de Carlos, a qual ele curtiu os últimos três anos.
Carlos sofreu todos aqueles anos de tortura e seu coração enfraquecido pelas experiências médicas não resistiu. No dia 5 de março foi procurar um lar no infinito. Carlos era um chimpanzé de personalidade forte e foi sacrificado tremendamente para dobrar sua resistência. Ele morou durante anos no chamado “calabouço”, um tétrico lugar na ex-Fundação Coulston, onde era submetido às mais absurdas experiências médicas.
A imagem de Carlos no “calabouço” foi uma das mais marcantes que a Dra. Carole Noon fez recorrer o mundo, quando o resgatou e lhe deu abrigo. Ela achou Carlos no “calabouço” e de lá o arrancou para sempre.
Carlos era um chimpanzé apreciado por seus tratadores, que gostava de assustá-los e depois que o conheciam, o susto se convertia em uma brincadeira. Apesar de ter sofrido dores terríveis e ser submetido a tratamentos invasivos, ainda foi usado como reprodutor e deixou vários descendentes: Ana, Arnaldo, Daveeta, Gabe, Cerro, Seve e Worthy, que herdaram os traços marcantes do pai, cabeça grande, bom aspecto e muito charme.
Carlos foi um símbolo no trabalho de extinção de um centro de torturas e usina de bebês chimpanzés para a pesquisa médica – a Fundação Coulston, que foi erradicada, junto com suas jaulas cimentadas, isoladas do mundo.
Aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo nunca poderão esquecê-lo.
Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional